Semana do Atleticanismo
Lembro como se fosse hoje…
1958… Eu tinha sete anos, teve almoço na casa de meus avós. Era um domingo, e meu Tio Heron anunciou: Quem quer ir ao jogo comigo? Eu e meu irmão Cid, loucos por futebol, fomos os primeiros a nos apresentar: nós queremos! E ele retrucou: mas tem que torcer para o Atlético!
Era um Atletiba, na casa deles, e lá fomos nós. Lembro da entrada no estádio… Aquele barulho todo, adrenalina à flor da pele, e ,quando me dei conta, apreciava e admirava a massa rubronegra… As cores vermelha e preta… Amor à primeira vista, óbvio! Meu Tio Heron nem precisava determinar para quem deveria torcer… Aquele amor repentino, inevitável e eterno, perdura até hoje, cada vez mais intenso, e transmitido sem censura à minha mulher Cristiane e aos meus três filhos, Ricardo, Guilherme e Victor. Ainda bem, imagino o desgosto que deve ter um pai que tem um filho coxabranca…
Como todos tem falado aqui, nesta semana de Atleticanismo, mesmo ganhando, mesmo perdendo, sou rubronegro, de coração. Afinal, por tudo que já passamos, pelas agruras de um time outrora sem estrutura, e agora com o Furacão, Campeão Brasileiro, somos privilegiados em ser Atleticanos!
Ah, para não esquecer: aquele jogo foi 1×0 para nós, gol de Tocafundo, de falta, no gol dos fundos… Ainda lembro como se fosse hoje, a galera rubronegra comemorando e os porquinhos, murchinhos deixando o estádio…
Paixão à primeira vista, meu querido Rubronegro, Atlético Paranaense, Campeão Brasileiro, te saúdo nesta semana de Atleticanismo, e que os feitos do presente e as glórias do passado perpetuem-se em nossas memórias.
João Guido Campelo
guido@sinduscon-pr.com.br
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