Para sempre, Atleticanismo
Ser atleticano não é fácil… em meio a uma briga com nosso maior rival, todos sabem que o dia seguinte é de muito sarro… Ontem eu tinha 11 anos,e via pela primeira vez o rubro negro paranaense pisar em campo, como não poderia deixar de ser, contra seu maior rival… Lamentos para nós, minha memória não falha e perdemos de três a zero, meus pai ainda me carregava no colo, e o Couto estava cheio. A torcida sempre fanática queimou todas as bandeiras e faixas.
Meu pai é flamenguista roxo e era na época simpatizante do Furacão, por isso me levou ao jogo. Bem comecei mal… Voltou a me levar em 1990. Lembram, na final? Dependíamos de um empate e conseguimos.., graças a raça e vontade daquela equipe, que conseguiu com um gol contra pra lá dos 40 do segundo tempo de Berg..
Eu estava com treze anos, ainda não poderia freqüentar jogos
sozinho,então apelava para meu pai me levar, o que nem sempre
acontecia: falta de tempo, dinheiro, mal tempo, enfim inúmeras
desculpas…
Pois bem… cresci passaram quatro anos desde daquele Atletiba
de 1990, até que eu ficasse fanático, de raiva, de alegria, de vontade, de felicidade, de inúmeras coisas que rodeiam a vida de um simples atleticano….
Fase final do campeonato brasileiro da segunda divisão. Baixada. Era a primeira vez que pisava no caldeirão. Eu não
sabia o que me esperava pela frente. Com muito sufoco e sorte o Juventude conseguiu um empate e depois com muita roubalheira goleou nosso Atletico lá no sul, e subiu para a primeira divisão… erherherherherh… que raiva…
Veio 1995. Então a páscoa, lembram? Do Brandao? Que porcaria. Que
boa porcaria? Por causa dele nós hoje somos o que somos…
Aquele cinco a um nos deu um ótimo presidente, senão o melhor de
todos os tempos… Mario Celso Petraglia, esse é o homem a quem devemos muito. Levantou a Baixada, conseguiu ótimos jogadores e levantou o nosso Furacão.
O Furacão saiu do poço, encarou a segunda divisão de frente e
arrepiou com todos , até aquele empate armado no pinheirão e aquela marmelada para levantar também os coxas a primeira divisão. Subimos, mas aí vieram as dúvidas. Sera que o Atlético permanecerá
na primeira divisão? Um ótimo trabalho e algumas atropeladas em clubes
de primeiro escalão fizeram com que Oséas e Paulo Rink ficassem
conhecidos nacionalmente. O Atlético ganhou as primeiras páginas nacionais depois de quebrar a invencibilidade do Palmeiras. Aí embalou, derrubou Botafogo, Vasco, Inter, Grêmio e assim
foi até a goleada sobre o Paraná. E a dúvida continuava, e no
Atletiba? Como será? Iremos perder novamente? Sempre como eternos fregueses? Não foi fácil chegar ao caldeirão aquele domingo. Depois de
duas horas, lá estava eu, esperando a chance da vingança. “Eles” fizeram a festa novamente depois de 45 minutos do segundo
tempo, e de inúmeras defesas do Anselmo, eles só sabiam comemorar aquele empate como se fosse uma vitória, e o pior e que era uma vitória, pois o coxa era o único que sairia com o empate de lá naquele ano, mas…? Esqueceram que o jogo só acaba ao apito do árbitro, e então foi a última chance de Oséas… 47 e meio
do segundo tempo, e a rede deles balançou. O tobogã da Baixada
parecia que iria cair, e “ELES” sumiram, ahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahaha…
De lá , para cá , só maravilhas; campeão paranaense 1998 com
goleada e tudo mais em cima deles, em 1999 a seletiva e a primeira participação na Libertadores no inicio de 2000 – que também nos deu mais um paranaense e novamente em cima deles.
Aí veio 2001, um bi paranaense e o fantástico título de campeão
brasileiro da primeira divisão… isso tudo sem deixar de falar
daquela goleada histórica de 5 a 2 de virada em 1997, que jamais sairá da minha cabeca.
É atleticanos, todos temos algo a dizer e algumas coisas em
comum. Principalmente quando a questão é Clube Atlético Paranaense.
Estou em Boston/Usa há quatro anos mas jamais deixei de acompanhar o
nosso Furacao. Faça o mesmo, principalmente nesta semana que antecede o Atletiba.
ATLETICANISMO NELES……FURACÃOOOOOOO
EEEEEEEEEEEEEEOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
A TLÉ TI CO
OOOOOOOOOOOO…..