Opinião: ‘nos resta torcer!’

Que perdêssemos para o Cruzeiro fora de casa, por exemplo. Ter a obrigação de fazer 12 de 15 pontos e logo perder a primeira, chega a desanimar. O primeiro passo é vencer, chegar logo aos 30 pontos e se livrar de qualquer hipótese de cair de divisão.

Porém o mais importante parece ser o planejamento para 2003. O famoso “planejamento” que tanto nos fez falta neste ano, que tinha tudo para ser o mais importante da história do Atlético e que foi manchado por campanhas que decepcionaram a torcida rubro negra, que terminou 2001 cheia de esperanças.

Algumas mudanças devem começar a ser pensadas. Primeiramente, insistir em ficar com jogadores que demonstram acintosamente que querem deixar o Atlético, mostrou que não dá certo. E alguns atletas, que já fizeram muito pelo Atlético, merecem conhecer outras plagas. Já não tem mais o que mostrar por aqui. É o fim de um ciclo, vitorioso sem dúvidas, mas que se mostra desgastado.

O povo está sedento por mudanças. Maneiras novas de levar o futebol do time, novos jogadores, mais motivados, em busca de seu lugar ao sol. Se até mesmo o atual Governo Federal, que nos deu o controle inflacionário, o crescimento econômico, a estabilidade da moeda cedeu lugar às novas idéias mais voltadas para o social, porque o Atlético ficaria a margem das mudanças que passam à sua volta ?

O Atlético terá tempo suficiente para definir seu rumo para o ano que vem, a começar pela escolha da Comissão Técnica. Aliás, se ficasse essa mesma de hoje em dia, adiantaria e muito o trabalho, visto que Abel já sabe quem é quem. A partir daí, lista de dispensas (extensa, creio) e de novas contratações.

No futebol não se ganha sempre. Torço apenas para que os tropeços de 2002, sirvam de lição para os próximos anos de glória que, certamente teremos.

Juarez Villela Filho
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