13 nov 2002 - 23h27

O Dossiê de Alex Mineiro

Alexsander Pereira Cardoso chegou ao Atlético em 2001 como moeda de troca do volante Marcus Vinícius. Alguns chegaram a contestar a contratação, já que Marcus era um dos craques do momento. Com paciência, Alex foi mostrando um bom futebol e ganhou a confiança do então técnico Paulo Cesar Carpegiani, precursor do esquema 3-5-2 no rubro-negro.

Veio o título paranaense de 2001, já com Flávio Lopes no comando e a dupla com Kléber começou a fazer a diferença. Com o início do segundo semestre, Mário Sérgio assumiu a equipe e deu mais liberdade aos atacantes. Depositou confiança na equipe e os primeiros resultados não demoraram a aparecer: 2-0 em cima do Grêmio, 2-1 contra o Cruzeiro e uma goleada de 4-0 no Flamengo.

Foi difícil manter-se no topo por muito tempo. Os adversários já conheciam o esquema de jogo do Furacão e se preparavam para dar o bote, especialmente em Adriano e Alex Mineiro, os dois jogadores mais caçados do time.

Com a equipe não rendendo em campo, Mário Sérgio foi demitido. Geninho chegou para acalmar as coisas (especulou-se que os jogadores estavam na ‘gandaia’ comemorando os primeiros bons momentos na competição. Só que naquela altura a equipe já estava fora do grupo dos 8). E os resultados começaram a reaparecer. E a estrela de Alex Mineiro começou a brilhar. Foram algumas partidas memoráveis, como os dois 5-1 fora de casa contra o Santa Cruz e a Ponte Preta, e o 6-3 contra o Bahia.

O Furacão engrenou. E ninguém o deteve. Assim como ninguém deteve Alex Mineiro, que só nas últimas quatro partidas fez 8 gols decisivos: um contra o São Paulo, três contra o Fluminense e quatro contra o São Caetano.

A realidade

Alex Mineiro custou aos cofres do Furacão, R$2 milhões – seu passe ainda pertencia ao Cruzeiro. A torcida aprovou a compra do herói do maior título já conquistado pelo Atlético.

Ele foi um dos responsáveis pela nossa estrela dourada. Alex Mineiro ganhou o carinho de toda torcida rubro-negra em 2001 não só porque fez 17 gols em todo o Campeonato, mas porque mostrou muita raça e dedicação nas partidas decisivas.

Só que este ano ele não foi nada feliz. Por causa de uma contusão do púbis, ficou 3 meses no departamento médico. Retornou em algumas partidas na Copa dos Campeões só que o problema voltou a incomodar. O atacante não conseguiu repetir o mesmo sucesso. Nem a dupla com Kléber funcionou. Ambos marcaram 77 gols em 2001. Neste ano não chegaram nem na metade: apenas 35.



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