DOSSIÊ SILVIO CRICIÚMA
O zagueiro Silvio Nicoladelli nasceu em setembro de 1971 na cidade catarinense de Orleans. Começou sua carreira nas categorias de base do Ferroviário, da cidade de Araranguá, passando depois para a equipe do Tubarão.
Devido à sua boa estatura (1,84 m), Silvio foi se destacando pelo jogo aéreo, tanto na defesa como no ataque. A grande oportunidade numa equipe com reais chances de título surgiu em 1992, quando foi contratado pelo Criciúma, então campeão da Copa do Brasil.
No “Tigre”, sagrou-se bicampeão catarinense, sendo que em ambas as vezes derrotou a Chapecoense, que contava com um excelente cabeceador, muito conhecido e querido pela nação atleticana: Paulo Rink. Além do título, Silvio conquistou uma vitória pessoal, já que impediu o artilheiro do Catarinense de marcar nas partidas decisivas.
Sua raça e dedicação, além do espírito de liderança na equipe, acentuaram-se na equipe do Criciúma, criando uma identificação tão forte que o nome do clube passou a ser parte de sua identidade, passando a ser conhecido como Sílvio Criciúma.
Depois teve uma passagem pelo rival Figueirense e jogou também pelo Goiás, onde foi campeão estadual em 1999, sendo posteriormente vendido à Portuguesa de Desportos de São Paulo, tendo disputado o Campeonato Paulista e Brasileiro pela equipe do Canindé.
Um de seus principais admiradores é o técnico Hélio dos Anjos, atualmente no Paysandu. Ele conheceu o zagueiro no início da década de 90, quando ambos trabalhavam no futebol catarinense (o treinador comandava o Joinville). Foi ele quem indicou a contratação de Silvio para o Goiás. Segundo Hélio, o zagueiro é um dos jogadores mais inteligentes com quem já trabalhou e é muito interessado em futebol. Ele acompanha o noticiário e se preocupa em entender a formação tática das equipes, mostrando que tem potencial para se tornar treinador depois que encerrar a carreira de jogador.
Silvio Criciúma foi uma das primeiras contratações do Furacão para o Brasileiro. Chegou discretamente, sem chamar atenção da imprensa e da torcida. Estreou no clube durante a Copa dos Campeões e não conseguiu evitar a péssima campanha do rubro-negro. A equipe perdeu várias partidas e Silvio Criciúma estava, assim como o restante do time, com o preparo físico abaixo do esperado. Não teve grandes oportunidades durante o Campeonato Brasileiro, mesmo com as constantes falhas da defesa atleticana. Por ter passe livre, sua permanência não parece estar entre as prioridades da Diretoria para compor o elenco de 2003.