Clubes desafiam CBF e mantêm Sul-Minas
Reunidos na capital mineira durante a tarde desta quarta-feira, representantes dos clubes da Liga Sul-Minas decidiram desobedecer a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e manter a Copa Sul-Minas em 2003.
Dos 16 clubes participantes da reunião, 13 votaram a favor da realização do torneio regional e apenas três ficaram contra – Atlético-PR, Internacional e Figueirense não apoiaram a decisão da maioria. A Sul-Minas ocorrerá entre janeiro e maio do próximo ano.
Os clubes que votaram pela manutenção da competição, que iniciou-se em 2000, foram Atlético-MG, Cruzeiro, América-MG e Caldense, de Minas, Grêmio, Juventude, Guarani e Pelotas, do Rio Grande do Sul, Paraná Clube, Coritiba e Malutrom, do Paraná, e Criciúma, Figueirense e Tubarão, de Santa Catarina.
“O importante é a decisão do coletivo, é isso que a gente tem pregado. Nós vamos realizar a competição, temos toda a condição jurídica para fazê-lo e temos direitos que os clubes querem receber”, informou o presidente da Liga Sul-Minas, Fernando Miranda, após o encontro no escritório da entidade em Belo Horizonte.
A Liga não teme retaliações da CBF, que poderia impedir os clubes de disputar competições, como o Brasileiro e as copas Libertadores e Pan-Americana, no próximo ano.
“Temos toda a condição jurídica, evidente que estamos preparados, eu não sou de tomar atitudes prepotentes. Temos contratos que são assinados e vamos buscar o cumprimento desses contratos, visando o interesse do clube”, acrescentou o dirigente.
Com a decisão de manter a Sul-Minas, os clubes vão contra a medida da CBF em retomar as competições estaduais. “Entendo que o Campeonato Brasileiro, com oito meses, ponto corrido, é excelente, acho que é um sonho de todos nós dirigentes, mas entendemos também que o campeonato estadual é um campeonato falido”, disse o presidente eleito do Cruzeiro, Alvimar de Oliveira Costa.
O presidente do Conselho Deliberativo do Atlético-MG, Alexandre Kalil, que presidiu a reunião, informou que a Liga está disposta a enfrentar a CBF, caso seja necessário. “Nós vamos fazer a nossa Liga custe o que custar, seja o que for, da forma que for, ou na Justiça ou no bom senso”, afirmou.
Fonte: Pele.net