ROGÉRIO CORRÊA ENCARA O DOSSIÊ
Noite de quarta-feira, estréia do Atlético no Campeonato Brasileiro de 2001. No banco, a grande novidade: Mário Sérgio Pontes de Paiva. O novo técnico havia indicado reforços que causavam desconfiança nos atleticanos, como o volante Pires e o zagueiro Rogério Corrêa, “ilustres” desconhecidos até então. O torcedor não estava muito otimista para aquela partida: jogadores desconhecidos no time, técnico novo, e o adversário era o Grêmio, clube que recém conquistara a Copa do Brasil e era dado como favorito ao título do Brasileirão.
Bastou a bola rolar e tudo mudou. O Atlético impôs seu jogo e pressionou o tricolor gaúcho o tempo inteiro, sem encontrar dificuldades para abrir o placar com Kléber e selar a vitória em uma cobrança de falta de Kleberson, em meio a chacotas da torcida com o goleiro Danrlei. Mas a brilhante exibição do ataque rubro-negro não apagou a grande surpresa da noite, que ficou por conta da marcação: Pires e Rogério Corrêa foram perfeitos, sem deixar o Grêmio pegar na bola. Era tudo o que o torcedor queria: criatividade no ataque e segurança na defesa.
Rogério logo se firmou como titular. O goiano, recém chegado do Vila Nova-GO, formou, junto a Nem e Gustavo, a zaga que consolidou o esquema 3-5-2 como o oficial do Atlético no campeonato. E a saída do técnico Mário Sérgio não abalou o prestígio do zagueiro no time. Com Geninho, Rogério continuou como titular absoluto, rumo ao título tão esperado pela nação atleticana.
Seguro na defesa, Rogério sempre foi uma das principais armas do Atlético também no ataque. Não foram poucas as vezes em que, respaldado no esquema tático, o zagueiro arrancou com a bola dominada e armou belas jogadas, surpreendendo as equipes adversárias.
Foram quatro os gols marcados pelo zagueiro desde que chegou ao Atlético. O primeiro, no empate em 1 a 1 contra o Paraná, em 2001. Também de cabeça, Rogério marcou o gol de empate no tumultuado jogo contra o Guarani naquele mesmo ano. O Furacão jogava com dois homens a menos, expulsos pelo desorientado árbitro Wilson de Souza Mendonça. Este gol foi, sem dúvidas, um dos mais importantes para o clube, já que o empate em 2 a 2 com o Guarani garantiu ao Atlético o ponto que acabou sendo decisivo para deixar o clube na segunda colocação da primeira fase. Perdendo aquele jogo, o Atlético, caso chegasse à semi-final, teria de enfrentar o Fluminense no Maracanã, e não na Baixada.
Rogéio Corrêa está completando um ano e meio de Atlético, e conquistou, além do Brasileirão de 2001, o Super Paranaense em 2002. Seu passe pertence ao Furacão.
Agradecimentos ao site Paraná-online