FABRÍCIO É A BOLA DA VEZ
No mesmo clube em que o Presidente JK jogou basquete e em que o Presidente Tancredo Neves jogou futebol, surgiu um habilidoso canhoteiro vindo de Divinópolis, interior de Minas Gerais. Nascido em janeiro de 1980, Fabrício Eduardo de Souza participou de todas as recentes conquistas do América Futebol Clube, de Minas Gerais.
Pelo “Coelho”, foi campeão da Taça São Paulo de Futebol Júnior em 1996 e da Taça Londrina em 1997. Já nos profissionais, ajudou na conquista da Série B do Brasileiro em 1997, além da Copa Sul-Minas em 2000 e do Campeonato Mineiro em 2001. Sua habilidade com a perna esquerda fez com que o comparassem ao craque argentino Diego Maradona.
Seu ídolo, porém, é o brasileiro Zico, em quem procurou se espelhar e treinar arduamente as cobranças de faltas. Ao lado do meia-atacante Tucho, foi fazendo gols e tendo repetidas boas atuações, chamando a atenção de diversos clubes, inclusive do exterior, mas acabou sendo negociado, juntamente com o zagueiro Wellington Paulo, com o Furacão para a temporada 2002, que prometia ser promissora. Fugindo um pouco da política de revelar jogadores, a diretoria atleticana investiu alto em dois jogadores de sabidas qualidades técnicas.
Talvez por ter sido o Atlético apenas o segundo clube em sua vida, não ter conseguido se ambientar na nova cidade, ou pela excessiva timidez dentro de campo, Fabrício não emplacou. Pode ter colaborado também para a decepção a grande expectativa da torcida em ver seu futebol, comprovadamente técnico e habilidoso, como o que apresentou na Baixada na derrota do América para o Atlético no Brasileiro 2001, por 3 a 2, com os gols do Coelho sendo feitos por ele.
O fato é que Fabrício foi bastante cobrado por ser um bom jogador. Seu gol de falta na estréia contra o Mamoré na Sul-Minas 2002, foi um belo cartão de visitas, porém em falso. Atuações apagadas, um certo desleixo em campo, além da quase agressão a um repórter na metade do ano fizeram parte de seu diminuto currículo até agora no Furacão.
O meia fez apenas dois gols neste ano (o outro também foi de falta no amistoso de entrega de faixas frente o Figueirense), mas seus direitos federativos ainda estão vinculados ao Atlético. Caso permaneça, pode se firmar no elenco atleticano em 2003, especialmente para apagar uma temporada abaixo da esperada e ser um dos destaques do novo Furacão.