13 fev 2003 - 8h04

Opinião: “Agora chega”

Foi feito uma espécie de pacto entre alguns entes da torcida e o Presidente Petraglia. Daríamos tempo ao tempo, teríamos paciência com a reformulação no elenco, com o enxugamento da folha salarial e crédito ao desconhecido Heriberto da Cunha. Fomos conhecer o sério trabalho feito pelo cientista Antonio Carlos Gomes no CT do Caju e tudo mais. Mas futebol é resultado e esses não apareceram.

Heriberto mostrou ser treinador do tipo “Rei do Acesso”, se bem que nem isso conseguiu no Sport Recife. Treinador para time médio, pequeno, não para a grandeza que hoje possui o Furacão. Poupei-o, defendi sua permanência mesmo com resultados enganosos como a magra vitória frente o Rio Branco na Baixada, por saber que nosso elenco não é forte como outrora. Mas nosso time também não é tão fraco a ponto de perder em casa para o esforçado Grêmio Maringá, após estar vencendo por 2 gols de diferença.

Aliás, tem treinador por aí que tem onze cabeças-de-bagre, mas guerreiros, e que venceu todas até agora. E Heriberto tinha 4 remanescentes do Título de Campeão Brasileiro, um promissora safra de valores oriundos das categorias de base, além de 3 selecionáveis.

Nosso elenco divide-se em 3 níveis : os da “Turma do Come e Dorme”, os “Enganados pela Cigana” e os “Heróis da Resistência”:
A Turma do Come e Dorme é capiteneada pelo misto de Franz Beckenbauer e Zambiasi, Rogério Correia, tendo também Alessandro, Ilan, Douglas Silva, Kléberson e Ivan, que ainda saboreiam os louros do campeonato brasileiro e não acordaram para a realidade. Hotel 5 estrelas, viagens de avião, melhor CT, tudo do bom e do melhor, constantes expulsões ou suspensões e vão levando com a barriga. No caso de Ilan, vai levando com a orelha.

Os Enganados pela Cigana compreendem aqueles que tinham o sonho infantil de serem jogadores de futebol profissional, eram bons peladeiros e encontraram um cigana que leu suas mãos e disse-lhes que seus sonhos eram possíveis. Fabrício, o esforçado Igor, Rodriguinho, Jadílson e os Pires e Willians da vida.

Enfim, os heróis da resistência são o goleiro Cléber, o voluntarioso e com vergonha na cara Cocito e o gigante Adriano. Chega a dar pena desses atletas quando são submetidos ao vexame que vimos contra o Maringá.

E nossa Diretoria poderia ao menos comparecer ao CT para mostrar as caras e dizer o que espera desses jogadores. O Atlético, salto após salto qualitativo, parece estar retrocedendo. Mudanças enquanto ainda há tempo, pois o barato já mostrou que é caro. Agora chega!

Juarez Villela Filho
colunas@furacao.com



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