Opinião – Domingo de festa
Quem foi à Arena ontem pode não ter visto um grande espetáculo, mas viu um time
aguerrido, estruturado e com metas e objetivos definidos. O que faltou para uma
grande goleada foi um grande matador, um artilheiro nato, com cheiro de gol.
Talvez esta não seja a grande característica de Dagoberto, e o fraco Ilan
está travado.
O restante da equipe estava em estado normal, acertando passes, até a longas
distâncias, mostrando personalidade e segurança. Destaque para Daniel, que
esteve perfeito na condição de líbero, e até o momento que esteve em campo,
administrou à risca a retaguarda atleticana, bem acompanhado pelo regular Igor
e o incansável Rogério Corrêa. Nas alas, bom desempenho do esforçado Fabrício,
e Alessandro nos encheu os olhos com seu futebol solto, alegre e envolvente,
para mim, o melhor em campo. Voltou aos bons tempos em que foi convocado para a
Seleção Brasileira e deu um show de bola. No meio, Cocito que começou afoito
foi se ajustando ao jogo, Kléberson recuperou e relembrou o seu grande futebol
e Adriano, como sempre, apavorou e jogou em todas as posições. Adriano é um
gigante!
No comando, um grande observador e entendedor de futebol chamado Vadão, que
sacou Daniel e colocou Rodrigo para encorpar o meio campo e participar da
jogada do gol de Dagoberto, e que não sacou o conformado Ilan, afirmando de que
é no gramado que ele deve resolver seus problemas com o futebol. Vadão chegou
para acabar com a tristeza rubro-negra e realmente comandar com autonomia o
furacão.
Por fim, a torcida atleticana, que mostrou que é elemento fundamental, e nos
fez relembrar os bons tempos da Baixada vibrante. A diretoria confirmou, do seu
confortável camarote, a importância do ingresso mais barato. Foi uma festa a
parte, daquela que estávamos um tanto quanto saudosos. Famílias inteiras,
mulheres e crianças representaram a magia de ser atleticano.
O Furacão está de volta, e com ele, um povo que não cansa de ter esperanças.
Rogério Andrade
colunas@furacao.com