12 mar 2003 - 10h16

Opinião: “o velho Atlético”

Talvez a nova geração não saiba, mas o Atlético já existiu sem o Centro de Treinamentos do Caju ou a Arena da Baixada. E olha que não faz tanto tempo. E, tirando o título de Campeão Brasileiro, foi o período em que o torcedor mais apoiou o clube.

Não vamos longe. Voltemos apenas sete anos. Estamos em 1996 e o Atlético fazia sua reestréia na primeira divisão depois de conquistar a segundona. Foi o tempo em que as maiores transformações aconteceram dentro do clube. Todos os dirigentes unidos, sem vaidades, e com uma única intenção: deixar o Atlético entre os maiores do país.

O campeonato revelou Oséas e Paulo Rink, mostrou o carisma de Ricardo Pinto e as alegrias de Novak e Piekarski. E tudo isso treinando na acanhada Baixada e jogando no mesmo estádio com arquibancadas móveis. Foi um momento feliz.

Hoje tudo mudou: Arena da Baixada, Centro de Treinamentos, Umbro, Arena Store, praça de alimentação… será que estávamos preparados para tudo isso? A resposta é positiva. Só que sem um apoio na retaguarda e o isolamento do presidente Petraglia, perdemos o rumo.

É por isso que estou tentando reviver o momento mágico da década passada. Ninguém falava de diretoria, brigas e intrigas. E alcançamos, por muitas vezes, a glória. Glória que pode ter um recomeço na noite de hoje, com uma bela apresentação contra a Tuna Luso objetivando a conquista da Copa do Brasil.

Vá à Arena. Prestigie o Atlético. Eles precisam da gente.

Sérgio Tavares Filho
colunas@furacao.com



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