12 abr 2003 - 17h28

Quem não faz, toma

Decepção. Esse foi o sentimento dos torcedores atleticanos ao final do jogo deste sábado contra o Atlético Mineiro, na Arena da Baixada. Depois de uma boa estréia contra o Grêmio e de um péssimo resultado diante do Paraná, a expectativa da torcida rubro-negra era de que o Furacão fosse se recuperar jogando na Baixada. Lego engano.

Mesmo com a estréia de Kleberson, o Atlético não conseguiu jogar bem, errou muitos passes, criou poucas jogadas de gol e irritou. Irritou a torcida, o técnico Vadão e, muito provavelmente, a diretoria. A equipe não tem um padrão de jogo, muito menos jogadas ensaiadas ou esquema bem definido.

Os valores individuais também não contribuem. As opções são poucas. O garoto Fernandinho, de apenas 17 anos, tornou-se o primeiro reserva para uma vaga de ataque, ora substituinto a Dagoberto, ora a Ilan. Nada contra o jovem talento atleticano, mas a nação atleticana sente que algo não vai bem.

Neste sábado, o que mais irritou a torcida foi a zaga. Igor e Rogério Corrêa extrapolaram o limite de erros admissíveis. Ambos falharam nos gols do Atlético Mineiro e foram responsáveis diretos pela derrota. Ou seja, mesmo jogando mal o Furacão poderia ter saído com um resultado melhor, caso a zaga fosse razoável.

No primeiro tempo, Diego foi responsável por evitar o primeiro gol alvinegro, ao fazer excelente defesa em chute de Alessandro. O Atlético teve sua melhor chance em uma jogada de Dagoberto pela direita, que cruzou na cabeça de Ilan. O goleiro Velloso também fez uma bonita defesa, espalmando a bola para o lado.

No segundo tempo, o Galo passou a ameaçar nos contra-ataques. Aos 20 minutos, Alessandro invadiu a área e foi bizarramente derrubado por Rogério Corrêa, em um pênalti escandaloso. Para sorte rubro-negra, Guilherme cobrou mal e chutou por cima do travessão.

Logo em seguida, o Galo não perdoou nova falha do Atlético. Guilherme tocou de cabeça para Alexandre, que chutou forte para abrir o marcador. O Atlético empatou aos 29 minutos, depois de um cruzamento da esquerda. A bola atravessou toda a área e Ilan só teve o trabalho de empurrar para o fundo das redes.

Depois do empate, o Furacão quase virou. Alessandro recebeu passe de Adriano e entrou livre na área, mas chutou em cima de Velloso, perdendo uma chance incrível. Depois, Leomar desviou uma cobrança de escanteio e acertou a trave.

O popular ditado do futebol castigou o rubro-negro: não fez e acabou tomando. Aos 40 minutos, Alessandro (foto) conseguiu a proeza de driblar toda a zaga atleticana e marcou o gol da vitória. Dois minutos depois, o jovem Fernandinho perdeu a última boa oportunidade rubro-negra.

Foto da capa: Paraná-Online (Hedeson Silva)
Fotos internas: Furacao.com


3º Rodada – (12/04) – Atlético 1 x 2 Atlético Mineiro – Arena da Baixada
A: Leonardo Gaciba (RS); CA: André Luiz, Scheidt, Ilan e Dagoberto; G: Alexandre, aos 24, Ilan, aos 28 e Alessandro, aos 42 do 2°.

ATLÉTICO: Diego; Alessandro, Igor, Rogério Corrêa e Ivan; Leomar, Kleberson, Fabrício (Rodriguinho) e Adriano; Ilan (Fernandinho) e Dagoberto. T: Vadão.

ATLÉTICO MINEIRO: Velloso; Cicinho, André Luiz, Scheidt e Marquinhos; Ferrugem, Genalvo, Alexandre e Lúcio Flávio (Paulinho); Guilherme e Alessandro (Nem).T: Celso Roth.


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