Ditadores
Curiosa a semelhança entre o Atlético e o Palmeiras. Comandados por ditadores que gostam de poder os times vão destruindo tudo que construíram. Mario Celso Petraglia e Mustafá Contursi são ditadores que guiam dois clubes que destruíram tudo que haviam construído. O Palmeiras com a bem-sucedida parceria com a Parmalat. O Atlético com a excepcional gestão de Mário Celso, Adur, Fornea e Zimmerman.
Paulo Vinícius Coelho, excelente comentarista da ESPN Brasil, afirmou que se a história do Palmeiras acabasse em 1988 e voltasse no ano passado, ninguém iria notar muita diferença. O mesmo se aplica ao Atlético em 1994. Voltando de lá para hoje não seria notada nenhuma diferença.
O Atlético se tornou grande, portentoso e adquiriu fãs por todo o Brasil. Por causa do totalitarismo do seu Presidente, apoiado por torcedores absurdamente passionais e criadores de mitos, o Atlético entrou em decadência, decepcionando a todos. O mesmo motivo da queda do Palmeiras. Beluzzo, candidato de oposição de Mustafá Contursi, afirmou que havia sugerido que ocorresse uma união de forças no Palestra na eleição desse ano. O presidente negou. Sabia que na votação do conselho ganharia. Queria ser único, absoluto. Isso muito se assemelha com o golpe de Mario Celso no ano passado.
Totalitários, acham que entendem de futebol. As contratações de Fabrício pelo Atlético e de Gustavo pelo Palmeiras revelam os critérios pouco convencionais de contratação. As partidas do Gustavo no ano passado não o recomendariam pra jogar nem na Terceira Divisão. A falta de uma camisa dez no Atlético é das coisas mais visíveis. E isso, desde a saída do Souza. Qualquer criança sabe que disso. Não precisa nem pagar 50 mil reais para um cientista.
Mesmo assim, acredito na força da nação atleticana. O que não podemos é deixar de apoiar o time nesse momento. Concordando ou não com a forma que o clube está sendo administrado devemos apoiar o time. Ele já esteve pior e a torcida nunca o abandonou. Mas não podermos deixar esse governo se perpetuar. A ditadura do Palmeiras já o levou para a Segunda. A do Atlético ainda não. Ainda. A hora é de união. Ok, Petraglia?