A volta do 3-5-2?
Finalmente o zagueiro Capone poderá fazer sua estréia com a camisa do Atlético. Contratado do Corinthians, o jogador chegou como grande esperança para dar estabilidade à zaga atleticana, mas só foi inscrito na CBF na semana passada.
É a segunda vez neste ano que Capone enfrenta problemas semelhantes. No final de 2002, ele se transferiu do Galatasaray para o Corinthians, mas o time paulista demorou várias semanas para regularizar sua documentação. O atraso foi tão grande que o zagueiro perdeu a chance de brigar por um posto no time e acabou deixando o Timão sem ter estreado com a camisa alvinegra.
No Atlético, o problema não parece ser assim tão sério. Ele poderia ter estreado já contra o Criciúma, mas por cautela a diretoria achou por bem não confiar na CBF e ele foi poupado. Agora, diante do Cruzeiro, o técnico Oswaldo Alvarez poderá contar com seu antigo capitão no Mogi Mirim, onde ambos trabalharam juntos há quase dez anos.
O treinador elogiou a aplicação tática de Capone, que sabe jogar muito bem na posição de líbero, ficando na sobra dos demais zagueiros. Sua escalação, aliada aos retornos de Igor e Tiago, é um indicativo de que o Atlético pode voltar a atuar no esquema 3-5-2, utilizado nos jogos contra o Figueirense e o Fortaleza. Contra o Tigre, o rubro-negro jogou no 4-4-2 apenas em razão da ausência de zagueiros suficientes para compor a linha de defesa.
Juliano
Apesar da boa estréia nos profissionais, o volante Juliano, que atuou improvisado na zaga, deverá ficar na reserva contra o Cruzeiro. Igor foi titular durante todos os jogos do Brasileiro e seu retorno à equipe é considerado natural pelo técnico Vadão. Tiago também havia conquistado a posição e só não atuou contra o Criciúma porque estava cumprindo suspensão.
Restante da equipe
Como a ausência de Rogério Corrêa será suprida pelos retornos de Igor e Tiago e a estréia de Capone, o único problema do Atlético está no meio-campo. Adriano, principal jogador da equipe, cumprirá suspensão automática em função de ter recebido o terceiro cartão amarelo.
As opções para substituí-lo são as seguintes: Rodriguinho, Fabrício e Ricardinho. Com a entrada do primeiro, o time assumiria uma postura um pouco menos agressiva, já que Rodriguinho não tem as características de atacante que Adriano possui. Fabrício seria a opção para mexer menos na estrutura do time, mas ele está com problemas médicos e não sabe se terá condições de jogo.
Por fim, existe a remota possibilidade de Vadão optar pela entrada de Ricardinho. Neste caso, o “Rei do Drible” se revezaria com Dagoberto na meia-cancha e no ataque, com o Atlético ficando bem agressivo.
Por enquanto, tudo é especulação. O time apenas será definido a partir dos treinamentos desta semana. Vadão testará diversas formações e escolherá aquela que melhor se apresentar para enfrentar o único time invicto do Brasileirão.
Foto: Arquivo Paraná-Online