Colunistas cariocas elogiam o Atlético
Os colunistas dos principais jornais do Rio de Janeiro dedicaram seus espaços desta segunda-feira para falar do jogo de ontem entre Atlético e Flamengo. Todos admitiram a superioridade do Furacão e falaram sobre o massacre que o time impôs ao rival rubro-negro.
A execeção ficou por conta de Washington Rodrigues, o Apolinho, do Jornal dos Sports. O ex-técnico do Fla foi o único que considerou boa a arbitragem de Luciano Almeida e concordou com as cinco expulsões. Além disso, ele disse que o time carioca “levou azar e tomou dois gols em seqüência, quando ameaçava o Furacão”.
Confira os principais trechos das colunas de Calazans e Márcio Guedes:
FERNANDO CALAZANS – O GLOBO
O Atlético-PR fez sua melhor exibição no campeonato, baseado nestas qualidades: combatividade e forte marcação da defesa ao meio de campo; habilidade e técnica do meio de campo para a frente. Se tivesse jogado assim desde o início da competição, estaria entre os primeiros colocados. Brilharam particularmente os quatro da frente: Kléberson, Adriano, Dagoberto e Ilan (autor de três gols). Tomem nota deste nome da nossa seleção sub-20: Dagoberto. Mais um garoto promissor desta generosa safra do futebol brasileiro. Deu gol para Ilan, deu gol para Adriano, jogou o fino. E não sei por que Adriano nunca teve oportunidade em alguma seleção.
MÁRCIO GUEDES – O DIA
O Atlético-PR dominou de ponta a ponta, fez o que quis com o Fla e podia ter imposto uma diferença ainda maior. Por quê? Em primeiro lugar, porque o time da casa estava mais ajustado em campo, com ocupação integral de espaços e esforço em cada metro quadrado. Depois, fisicamente sobrava e, finalmente, porque, na comparação individual, jogadores como Kléberson, Dagoberto, Adriano e Ilan voavam, jogando com desenvoltura, inteligência e… liberdade! Eis aí a palavra-chave: liberdade. O Fla deu a impressão de que não esperava um adversário tão forte e determinado e, apesar da ausência seriíssima de Felipe, jogou sem maiores cautelas, expondo a frágil zaga a chuvas e temporais. E põe temporal nisso! Cada ataque paranaense era um sofrimento e, a partir do fim do primeiro tempo, o Atlético-PR se deu o luxo de se postar na defesa, atrair um Flamengo desesperado e contra-atacar em alta velocidade.