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12 jun 2003 - 22h54

A eterna namorada

12 de Junho. Acho que nada melhor que esta data para falar de quem gostamos muito. Alguém que muito embora nem sempre nos aplauda, e até por vezes nos dê aquele “puxão de orelhas”, mas que tolera fatos que muitos casais sequer cogitariam em passar.

A vida a dois é muito curiosa, cheia de emoções e de fatos que nos fazem parar para pensar e concluir que em se tratando de paixão, não há razão a ser considerada, ou você gosta, ou não gosta. Mas, mesmo não gostando, já amanhã a vida se torna um “mar de rosas”, basta lembrar os bons momentos.

Quem ama, fica zangado agora e sorri depois. Sofre, angustia-se e tem até vontade de “morrer” e desistir de tudo ao mesmo tempo em que sorri, grita de alegria e deseja viver tudo novamente e, principalmente, zela pela fidelidade.

Definitivamente, não há explicação racional para esse negócio chamado paixão. Um quer, outro não quer, e mesmo assim continuam juntos. Ai de quem falar mal de algum deles.

Por exemplo, minha esposa não quer, de jeito nenhum, ir ao Atletiba porque será no couto pereira. Ela diz: “Ir lá? De jeito nenhum! Aquele ch… não tem banheiro, etc.”. Acostumaram mal a menina. Até eu estava não mais disposto a ir, pois pensei: “Vou usar meu dinheiro em prol do Atlético, não vou ajudar os coxas a sair do buraco.”

Mas, não tem jeito, como aquele namorado que faz de tudo pela amada e que só tem os pensamentos para esta, assim me encontro hoje. Não suportei, comprei dois ingressos.

Até o momento da compra dos ingressos, ainda estava em dúvida acerca de minha atitude, pois minha esposa frisou, com todas as letras, que não queria ir àquele local, e sua vontade, para mim, é importantíssima. Daí que me veio a luz! Pensei na Eterna Namorada e não consegui nos ver “traindo”, temos que ser fiéis, custe o que custar, sacrifício por sacrifício.

E a explicação disso é uma só. Temos que acompanhar e apoiar sempre o Furacão, mais ainda nos momentos difíceis, quando se fala que o time está desfalcado, que isso, que aquilo, afinal, quando vamos ao baile acompanhados, não vamos para ver os outros, mas sim para passar bons momentos com quem a gente gosta e, principalmente, porque somos parte da Eterna Namorada do Clube Atlético dos Paranaenses: sua TORCIDA.

Saudações rubro-negras.



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