Viva o povo atleticano
O Clube Atlético Paranaense é feito de muita gente. De milhares. O time com a maior torcida do estado vê o seu principal patrimônio, que são seus seus seguidores, aumentar a cada dia. Essa massa está cada dia mais forte. É ela que faz o time ser o que é. Não é patrimônio, senão o Paraná Clube seria uma grande força do futebol nacional e o Flamengo um nanico. O Atlético, neste quesito, conseguiu crescer devido à forca de sua torcida.
A virada atleticana de Petraglia em 1995 não teria tido êxito se por trás não houvesse torcedores apaixonados prontos para segui-lo. Torcedores que lotavam a Baixada na campanha da Segundona, que obrigaram a diretoria a colocar arquibancadas metálicas para comportá-los em 96, que compraram o bisonho boné do Oséas. O Petraglia sabia de todo esse potencial. Essa galera não é fraca. Ela boicotou a Rede Globo e a Nike depois do escândalo armado para prejudicar o rubro-negro, fez um protesto com quase 10.000 pessoas, conseguiu apoio na Assembléia, na Câmara e no Senado, fez abaixo-assinado e evitou a punição severa e injusta que fora imposta ao nosso amado time. Acompanhou a cada dia a construção da Arena fazendo plantão no local. Comprou cadeiras, pedaços de escombros do antigo Caldeirão, virou sócio-torcedor. Sem a torcida, o Atlético e nem a Arena da Baixada estariam de pé.
Nos últimos tempos a torcida ficou ansiosa. O time, então, ficou ansioso. O time é um reflexo de sua torcida. E quanto mais ela aumenta mais ela tem voz. Milhares de opiniões, sempre cheias de boas intenções. E o inferno está cheio de boas intenções. Mas, cada uma dessas opiniões deve ser respeitada. Não há e nunca haverá alguma opinião que esteja acima do bem e do mal. Nem daqueles que são considerados os formadores de opinião.
Alguns deles julgam-se semi-deuses sentados em frente aos seus computadores nas redações dos jornais e outros veículos. Colocam suas opiniões estampadas na maioria das linhas e uma outra porção nas entrelinhas e ainda acham que são imparciais. A imparcialidade não é uma característica do ser-humano. Ela deve ser perseguida, com muita informação na cabeça e debaixo do braço. Quando não há informação suficiente, o erro acontece. Um jornal de São Paulo, o Jornal da Tarde, fez uma análise dos jogadores depois da Copa das Confederações, dizendo quem sobe e quem desce. Segundo esse jornal, todos os nossos jogadores estão em baixa. Kleberson só jogou bem na Copa do Mundo, Ilan é jogador de time pequeno e Adriano treme na hora H. Os fracos Gil, Kléber e o insosso Ricardinho escapam. Lógico que eles não conhecem os jogadores rubro-negros como nós conhecemos. Mas ficou claro o desprezo. Se a torcida não se manifesta, só esse tipo de opinião é ouvida.
Um colunista da Furacao.com pediu que deixassem os jornalistas em paz. Eu concordo. Agressividade é coisa da idade da pedra. Mas a voz da massa jamais se calará. Depois das invenções do ombudsman, do SAC, do Código do Consumidor, da internet as pessoas têm cada vez mais espaço para se manifestar em todas as áreas. E isso é sensacional. Acho que a imprensa vai ter que se acostumar com isso. Com gente de olho em tudo o que se escreve, de ouvido aberto a tudo o que se fala. Eu, como simples torcedor que sou, vou continuar de olhos e ouvidos abertos a tudo o que se fala do Furacão. Ler que um Campeão Brasileiro, um cara de apenas 21 anos como Ilan é fraco e jogador de time pequeno, deixa a gente indignado. Absurdos que valorizam o empate dos “verdes” contra o vasco em casa e dizem que o Atlético afrouxou contra o Inter no Rio Grande, também.
Digam eles o que quiserem, escrevam o que quiserem. Mas a massa rubro-negra está de olho, sem excessos, sem ignorância. Mas mostrando a sua opinião, a sua força, como fez quando quiseram prejudicar o Atlético de verdade. O STJD se curvou, Até a poderosa Rede Globo se curvou. E o Atlético dos Paranaenses está aí até hoje. Cada vez maior.
Saudaçãoes rubro-negras a torcida mais vibrante e participativa do país.