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2 jul 2003 - 10h00

Cadê a alma?

Está sendo difícil assistir a programas esportivos e participar de discussões sobre futebol ultimamente. A atual fase do Furacão tem deixado os torcedores muito amargurados, principalmente aqueles que tem o Atlético Paranaense como uma das coisas mais importantes dessa vida.

É tiração de sarro uma atrás da outra pelos nossos rivais e, principalmente, críticas impiedosas de órgãos de imprensa. O pior de tudo isso é que eles estão certos, acabaram os nossos argumentos, cabe a nós assistir o Atlético passar por uma fase nebulosa, que parece não ter fim.

O motivo que me fez escrever esse texto foi ter assistido e ouvido o depoimento do comentarista Valmir Gomes, um dos melhores cronistas esportivos por sinal, no Mesa Redonda de Domingo, em que ele se referiu ao Atlético como um time “sem alma”, e depois revelou que Adriano e Kléberson foram fazer turismo na Bahia, acompanhados por suas esposas…

É triste não poder espernear e nem discordar de comentários como esse, basta aceitá-los e reconhecer que é a mais pura realidade.

É evidente que algo de muito grave deve estar se passando nos bastidores do Atlético, pois não merecemos ocupar a 18a. posição na tabela, nem tampouco fazer uma campanha vergonhosa como essa. Analisemos os times que estão nas primeiras posições do Brasileirão, deixando o Cruzeiro e o Santos de lado, que outra equipe tem um grande elenco?… Inter? São Paulo? Coxa?… Todos possuem um plantel limitado, quem dirá os nossos rivais verdes, que reconhecidamente têm jogadores apenas “esforçados”. É isso que me tira o sono, de uma forma ou de outra, nós temos, pelo menos, uns 4 jogadores de nível de seleção na equipe, por isso temos obrigação de fazer bonito.

Mas como diz o Valmir Gomes: não temos “alma”! É um time sem tesão! E isso é que conta no futebol, raça, vontade, união. Mas como pode haver união em um time em que dois “privilegiados” podem levar as esposas para a Bahia e serem meros turistas?

Temos sim o melhor estádio, melhor CT, uma diretoria representativa, mas deve-se aliar a tudo isso um time dentro de campo que honre o nosso hino: “RUBRO-NEGRO É QUEM TEM RAÇA E NÃO TEME À PRÓPRIA MORTE!”

De que vale ter jogadores de seleção, se eles não consideram o clube que jogam como grande e só pensam nos dólares lá da Europa?

Isso tudo é reflexo de um time que está se preocupando em se elitizar, afastando da “Arena” os verdadeiros torcedores, banindo bandeiras, faixas, tudo que caracterizava a Velha Baixada. Vocês não sabem como eu fiquei ao assistir o Jogo do Santos contra o Boca e ver aquela torcida… Pensei, por que não somos assim?… Já fomos um dia, e matéria prima essencial nós temos: uma torcida grande e apaixonada!… Mas não, o Atlético passou a ser um time frio, sem vibração, e fizeram o mesmo com a torcida: não podemos jogar papel higiênico no campo, não pode foguete, não pode bandeira, tem-se que pagar quinzão de ingresso…! Por isso não somos como o Boca e estamos desse jeito!

Por favor, alguma coisa precisa ser feita, chega de estrelismo e frescuras, chega de audi conversível, de cabelo amarelo, de “não-me-toques”…

Acredito que qualquer atleticano preferia ver um time cheio de cabeças de bagre, mas que dessem o sangue em campo, soubessem o hino do clube e amassem as cores vermelha e preta! Enfim, um time que possua ALMA!



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