6 jul 2003 - 17h58

Banho de chuva e banho de bola

A forte chuva da tarde deste domingo causou estragos em Curitiba. Vários bairros ficaram sem energia elétrica. Grandes estabelecimentos comerciais, como mercados e shoppings, tiveram parte de suas coberturas destruídas. O Hospital Cajuru foi interditado. O muro principal do estádio Pinheirão desabou.

E, na Arena da Baixada, o Furacão varreu o Corinthians. Embalado pela chuva, o Atlético ganhou por 3 a 1 e se recuperou no Campeonato Brasileiro. A partida chegou a ser interrompida ainda na primeira etapa em razão de que o gramado não oferecia condições para a prática do futebol.

É verdade que o Corinthians começou melhor em campo e criou as primeiras chances. Logo aos 5 minutos, Kleberson derrubou o lateral-esquerdo Moreno na área e cometeu pênalti. Rogério cobrou na trave, comprovando a sorte do goleiro do Diego em penalidades máximas. Ele só sofreu um gol de pênalti no Atlético (na partida contra o Criciúma).


Rogério prepara-se para bater o pênalti

Depois do susto, o rubro-negro passou a mandar na partida. Aos 21 minutos, Ilan fez excelente jogada individual e abriu o marcador para o Atlético. Ele invadiu a área corinthiana pelo centro, driblando os zagueiros graças à técnica e à raça. Depois de limpar os adversários, ficou de frente para Doni e deslocou o goleiro com um leve toque.

A Baixada explodiu e a torcida incendiou o jogo. O Corinthians demorou para se adaptar ao gramado molhado e parou de ameaçar a meta de Diego. Aos 30 minutos, quando o temporal já havia aumentado, o árbitro Leonardo Gaciba (foto) convocou os capitães dos dois times e obteve a concordância para parar o jogo.

A partida ficou interrompida por meia hora, mas os astros estavam conspirando em favor do Furacão. Subitamente, o tempo melhorou, o céu abriu e a chuva diminuiu. Com isso, o jogo pôde ser reiniciado e o show atleticano foi completo. Aos 39, depois de uma cobrança de escanteio, Ilan aproveitou a confusão na área e mandou para as redes.

No segundo tempo, o Atlético soube administrar a vantagem conquistada. Aos 18 minutos, o lateral Moreno cometeu falta violenta e foi expulso depois de receber o segundo cartão amarelo. O técnico Vadão sacou Jadson e Dagoberto, os jogadores mais leves do Atlético, e colocou Douglas Silva e Fernando para manter o ritmo do time.

Aos 30 minutos, o lance mais inusitado da partida: Capone afastou uma bola da defesa e o chute quase enganou o goleiro Doni. A bola atravessou todo o gramado, quicou na grande área e obrigou Doni a se esticar todo para espalmar para escanteio e evitar aquele que seria um gol histórico.

Porém, o terceiro gol rubro-negro não tardou a sair. Cinco minutos depois, houve uma disputa de bola no ataque atleticano e a bola sobrou nos pés de Ilan. Inspirado, o artilheiro não pensou duas vezes: resolveu marcar mais um golaço. Ele dominou, esperou Doni deixar sua meta e bateu com categoria, encobrindo o goleiro.


Ilan comemora o terceiro gol com Kleberson

No final do jogo, aos 42 minutos, Gil aproveitou uma falha de Igor e descontou para o Corinthians. Porém, o banho de bola já estava completo e o gol sequer amenizou a amarga derrota alvinegra.

16° Rodada – (06/07) – Atlético 3 x 1 Corinthians – Baixada
A: Leonardo Gaciba da Silva (RS); CA: Fabinho, Leandro, Dagoberto, Capone e Kleberson; CV: Moreno; P: 19.963; R: R$ 263.270,00; G: Ilan, aos 21 e aos 39 do 1°; Ilan, aos 36 e Gil, aos 42 do 2°.

ATLÉTICO: Diego; Alessandro, Capone (Igor), Rogério Corrêa e Ivan; Leomar, Luciano Santos, Kleberson e Jadson (Douglas Silva); Ilan e Dagoberto (Fernando). T: Vadão.

CORINTHIANS: Doni; Rogério, Fábio Luciano, Ânderson e Moreno; Fabinho, Cocito (Renato), Leandro (Fumagalli) e Jorge Wagner (Fabrício); Liédson e Gil. T: Geninho.


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