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31 jul 2003 - 11h33

Ânimo

Não dá para ver o Atlético na rabeira do campeonato, empatando com o Papão da Curuzu em casa e colecionando atuações fracas, sem ficar desanimado. O desânimo parece que tomou conta de todos os que vivem o Atlético: time, comissão técnica, diretoria e torcida. O time que vem entrando (com Rodrigo e outros tapa-buracos) não dá sinais que terá maiores pretensões além do lugar que ocupa na tabela. Vadão não mexe no time, insistindo com jogadores que realmente não dão certo e não consegue dar padrão de jogo à equipe. A diretoria diz que o time terá pretensões neste campeonato e que o time é para o futuro, retirando dos ombros de muitos a responsabilidade por uma conquista esse ano. E a torcida assiste a tudo sem ter muito o que fazer. Alguns vaiam, outros batem boca com jogadores, outros páram de ir ao estádio. Mas há motivos para a gente se animar.

O Atlético, como outros grandes times, está passando agora por sua má fase. Se o time antes de 1995 tinha esporádicas conquistas no Paraná, a partir daquele ano tornou-se vencedor e conquistou a hegemonia e, segundo Ibope e Datafolha, a esmagadora superioridade em número de torcedores no Estado. Nosso Furacão agora está desacelerando. Fazendo um “pit stop” necessário. Uma parada que parece longa, uma arrefecida nos motores superaquecidos depois de 4 Paranaenses, 2 disputas de Libertadores, 1 título da Seletiva, um título da Série B, outro da Série A, um vice na Sul-Minas. Desde o tricampeonato paranaense depois dos 6 x 1 aplicados no time da vila, vai se 1 ano e alguns meses. Tempo durante o qual muita coisa aconteceu. Um time que jogava junto há muito tempo se desfez.

Renovação. Este foi o caminho escolhido. Uma renovação que já era preparada antes mesmo do título de 2001, com as parcerias com o PSTC e o investimento em jogadores fabricados em casa. Exemplo recente foi o brilhante “Projeto Sicupira”. Logo não precisaremos nos envolver com empresários que são verdadeiros mercadores de mão-de-obra. E essa renovação é a injeção de ânimo. O time é bom em potencial. Ver Jádson surgindo é algo marcante. Nélio teve pouco tempo, mas a maneira com que toca na bola é diferenciada. Fernandinho está frequentando as categorias inferiores da seleção e fazendo bonito. Está cheio de molecada no CT do Caju. Tem Juliano, Anderson, Grilo, André Luiz, os recém-chegados Janiro, Michel e Carlos Alberto.

Para o 2º turno do Brasileiro, que ao meu ver será um outro campeonato, imagino como seria uma linha de frente com Adriano, Dagoberto, Ilan e Alex Mineiro. Se não houver mais interferências e eles puderem jogar juntos, é muito animador. Mas alguns não estão interessados nisso. São imediatistas, desacostumados a planejamentos de médio e longo prazo. Falam em descenso, algo que na minha opinião não vai acontecer. Vêem este ano como fracasso, não como um intervalo. Ainda mais depois que “eles” estão tendo uma sobrevida em meio à lama e à urina e vêm conseguindo alguns resultados notáveis perante a mediocridade do time que possuem. Chacotas, piadas e risos verdes, que deveriam ser ignorados, aguçam a ira de muita gente. Nosso time por baixo e o “deles” por cima (durante apenas alguns meses), inflama e provoca emoções cheias de raiva. Terreno fértil para oportunistas.

Um profeta do apocalipse vem se manifestando de maneira insistente contra Mário Celso Petraglia. E esta parece ser mais uma questão pessoal, motivada pelo egocentrismo e pelo oportunismo do que um posicionamento em prol do Atlético. O que será que esse “advogado” quer? Ocupar o lugar de Petráglia? Ele está usando de sensacionalismo para se promover, dizendo que a Baixada está ameaçada. A Baixada é do Povo Atleticano e de mais ninguém. Ela está acima de interesses pessoais. Tenho certeza que o melhor está sendo idealizado para o nosso futuro em termos de time, Arena e CT.

A venda do “Homem que Mudou a História de uma Copa do Mundo”, o nosso pentacampeão Kleberson, para um dos clubes mais ricos do mundo é um símbolo dos novos tempos. Manchester United, nosso novo parceiro, mostra como planejamento e uma mentalidade vencedora podem fazer a diferença. Acho que é isso que pode espantar o desânimo e fazer com que todos pensem no bem da instituição Atlético dos Paranaenses: mentalidade vencedora.

Saudações Rubro-Negras aos que acreditam sempre no Clube Atlético dos Paranaenses sem nunca desanimar.



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