A hora em que o técnico deve sair
Tive a oportunidade de assistir o jogo Atlético x Vasco pela TV e também tirei algumas conclusões, óbvias para toda a torcida já por algum tempo. Até agora defendi a permanência de Vadão no comando, mas isso se tornou insustentável: o time não tem padrão de jogo definido; o time não tem nenhum poder de reação; o time não venceu nenhuma partida fora de casa, pois não toma a iniciativa necessária para tanto; o time possui uma dificuldade terrível para marcar um único gol; bons jogadores não conseguem render nem a metade de suas qualidades; as substituições (quando feitas) ocorrem faltando em média 10 minutos para o fim da partida, quando o barco já está a pique.
Também é verdade que o time nunca joga completo, ora por cartões, suspensões, contratações com falta de documentação, escalações para a Seleção Brasileira, etc. Entretanto, a maioria desses fatores ocorre somente em times grandes e, por isso, ao meu ver não pode soar como desculpas para o fracasso.
A imprensa reclama que no Brasil os técnicos perdem algumas partidas e são demitidos e que no futebol moderno e organizado da Europa isso não ocorre. Mas eu faço a seguinte pergunta: por que o futebol brasileiro é o único penta-campeão?
Acho que todo o discurso do Vadão sobre motivação, esquema tático, entre outros, já não causa nenhum efeito sobre os jogadores. Por isso ele deve ser substituído.
Também reparei outra coisa estranha: em 2001, um dos fatores que nos ajudaram a ser campeões foi o ótimo preparo físico dos jogadores. Quando os demais times estavam cansados no segundo tempo, o furacão fazia o seu estrago. Hoje, no segundo tempo da partida contra o Vasco parecia que o time não tinha força para atacar. Com isso, o time fica descompactado e a bola vai direto da defesa para o ataque.
Como vemos, os problemas são complexos. Esperamos que a diretoria tenha a sabedoria necessária para mudar a situação. Obrigado a equipe do site furacao.com ao abrir este espaço para a torcida.