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6 ago 2003 - 9h01

Reação

A contratação de Mário Sérgio para técnico do Atlético vai dar uma “sacodida” no Furacão. Não entro no mérito se ele é ou não melhor que o Vadão, mas toda mudança de treinador, quando este está atravessando uma péssima fase é benéfica para um clube. Tanto que tornou-se uma tradição a troca de técnico sempre que o time está mal na competição.

Só é ruim para o profissional que não tem segurança em trabalhar e para a continuidade do trabalho. Mas para a torcida é um ótimo negócio. Primeiro porque, com a mexida, é como se recomeçasse do zero, quando o time já estava perdendo de goleada. Segundo porque, toda mudança no comando, modifica o ambiente e agita (em geral para melhor) o trabalho.

Os jogadores querem mostrar serviço para o novo “professor” e dão mais do que o que costumam dar, em busca de uma vaga no novo time titular. Os titulares que não estão jogando nada, em contrapartida, passam a jogar para não perder o lugar. Há, sem dúvidas, uma sucessão de fatos que só tendem a melhorar o ambiente e os resultados.

Mário Sérgio, quando esteve em Curitiba, recentemente, conduziu com certa competência o time rubro negro. Alguns chegam a dizer que foi ele quem montou o time que seria campeão brasileiro com Geninho.

O material humano que o time da Arena tem hoje não é sombra de um Gustavo, Nem, Cocito, Fabiano ou um Kléber e nem um Alessandro, Alex Mineiro e Kleberson em boa fase (até porque este último já se foi como os àqueles primeiros).

Não se pode querer muito do time do Petraglia, quando já ultrapassamos metade do campeonato, no qual:
– perdeu para 11 dos 23 times adversários;
– perdeu para os 05 primeiros colocados
– perdeu para 06 dos 08 melhores classificados;
– empatou 05 vezes, sendo 02 em casa contra Goias e Payssandu;
– não venceu nenhum dos 12 jogos fora de casa, perdendo em 09 ocasiões;
– perdeu jogos em casa para Santos e Atlético-MG

Mas, pode-se querer uma campanha melhor neste returno. Com toda certeza. E, com esta mudança de técnico, mesmo com o mesmo material humando, dificilmente se fará campanha inferior a do turno. Até porque os clássicos regionais serão no Joaquim Américo, onde já começa contra o Paraná a campanha com nova cara.

Diego tem ganho mais segurança. Não tem falhado tanto quanto no começo, onde até o torcedor da baixada sentiu saudades do Pantera negra. Hoje, Diego é o símbolo da raça tão exigida pela torcida no gramado. Alessandro pode ganhar novo ânimo com o Mário Sérgio, que já o conhece. O difícil vai ser ganhar a confiança da torcida, que ainda pega no seu pé a cada jogada desperdiçada por um drible a mais ou por um cruzamento no terceiro pau (o da bandeirinha de escanteio).

A zaga, eterno problema desde a saída de Gustavo e Nem, pode ser recomposta com novas contratações ou um esquema diferente, que o Mário Sérgio poderá armar. O fato é que Rogério Correia e Igor ainda não passam segurança à torcida e não resolvem na frente, como Gustavo (que sempre foi decisivo). O ala-esquerda Ivan tem ido bem, mas precisa ser mais regular.

Leomar e Luciano Santos, no meu modesto entendimento são muito “bonzinhos”. Os volantes têm que ser pegadores. Têm que tomar conta da entrada da área. Ser expulso a cada três jogos e receber amarelo a cada dois. O capitão não pode ser uma lesma como Leomar (que graças a Deus foi dispensado). Tem que gritar em campo feito Dunga. Tem que intimidar como Cocito. Douglas Silva talvez seja melhor que os dois neste perfil. Adriano e Jadson devem fazer o meio campo funcionar. O difícil é continuar a contar com o “curinga” Fabrício. Temos que ter algo mais na sombra deste meio campo criativo. Quem sabe um retorno de um meia mais criativo como Kelly ou qualquer um que seja indicado pelo novo/velho treinador?

O ataque está bem servido com Ilan/Alex Mineiro ou Ilan/Dagoberto ou Dagoberto/Alex Mineiro. Isto sem falar em Washington, que já está à disposição. O Lê parece ser mais uma opção. Não se pode é pensar em Ricardinho (o rei do drible ou seria o rei do sono?) ou outros que ainda habitam o CT do Caju, pois estes não decidem nem jogo de truco.

Arrumada a casa, chegou a hora de reagir. E confio no Mário Sérgio para este trabalho. Vencendo o Paraná na próxima quarta-feira e ao Gremio no final de semana (o que não é tão dificil) se terá ganho uma enorme confiança para seguir em frente. Pois em apenas 02 jogos teremos ganho um clássico regional, a primeira vitória fora de casa e chegaremos aos 32 pontos, podendo ganhar até 08 posições na tabela. Se vencermos o Galo, no mineirão, então, passaremos para 35 pontos e talvez estejamos entre os 08 melhores com apenas 03 rodadas do returno. E, depois tem o Figueirense na Arena. 38 pontos em 04 jogos.

Desse jeito, já da até para pensar no título….



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