Até que enfim
Não era mais possível a permanência de Vadão. Acho que isso é ponto pacífico entre nós. Finalmente o presidente Petraglia virou a própria mesa. Que bom! Antes tarde do que nunca. Reacendeu as esperanças de retomarmos o lugar de onde nunca deveríamos ter saído: o sucesso.
Mesmo respeitando Vadão como pessoa e profissional, não entendí muita coisa, como provavelmente de resto toda nossa torcida, nessa sua segunda passagem pelo Atlético. Tinha, e tantas vezes ouví isso de outros Atleticanos, a sensação de não entender nada de futebol ou de ver jogos diferentes dele.
A insistência em jogadores como Fabrício, Leomar e Capone eram – para ser educado – incompreensíveis. O time todo não vem bem, mas esses são abaixo da crítica; não servem para a segundona, ao menos da forma como vinham jogando. E Leomar, “poxa” !!!, era capitão… Por favor nos dêem um tempo. Felizmente deram…
Fazendo uma retrospectiva desse período de 30 rodadas com Vadão, não lembro de ter ouvido tantas desculpas, tantos discursos de “vamos continuar trabalhando”, da própria imprensa dizendo, a cada jogo, que “Vadão tem problemas para a escalação”. Técnicos ganham bem, demais pelo que fazem e apresentam, exatamente para isso. Para fazer, como se diz nas áreas de Atendimento a Clientes das empresas, do limão uma limonada.
Concordo que em alguns momentos deve ter sido difícil escalar, não pela qualidade dos reservas, mas pela falta de padrão de jogo, coerência tática, jogadas ensaiadas, treino em cobranças de falta e escanteio e tudo o mais que pode ser chamado de fundamentos do futebol. Cansei também dessa conversa mole (como se a torcida não merecesse respeito e fosse imbecil) de que “o time é novo”. Ora, o Santos do ano passado (e desse ano) foi feito de medalhões ?… Sem dúvidas nosso time é novo, mas tem muito valor. Estou certo que os valores que possuímos são superiores a algumas equipes melhor classificadas que nós. Faltou, entretanto, tudo aquilo que tanto esperamos e reclamamos. Parece que finalmente fomos ouvidos. Tardou muito, mas não falhou.
No exercício de nossa mais profunda paixão e paciência, vamos torcer que o Mário Sérgio mude esse estado de coisas, como torcemos para que o Vadão acertasse e, finalmente, saísse.