18 ago 2003 - 20h47

Tudo nos mínimos detalhes

Na última quarta-feira, dia 13 de agosto, houve reunião extraordinária do Conselho Deliberativo do Atlético, convocada pelo presidente Nilo Biazetto (foto), com grande presença dos senhores conselheiros e do presidente do clube, Mário Celso Petraglia. Diversos temas de interesse do rubro-negro foram discutidos. Confira as principais deliberações na reportagem da Furacao.com.

NEGOCIAÇÕES DE JOGADORES

Uma auditoria externa foi contratada para cuidar exclusivamente das receitas do futebol, no que tange a negociação de jogadores. As receitas como patrocínio, cotas de TV, aluguel de campo e placas de publicidade não foram computadas. De acordo com a diretoria, os valores divulgados pelo jornalista Augusto Mafuz em sua coluna na Tribuna do Paraná não são verdadeiros.

O lateral-esquerdo Jean, vendido para o futebol holandês representou uma receita que não estava prevista para 2003. Segundo o presidente Petraglia, “quando o cavalo passa encilhado, você tem de montá-lo”. Ele revelou que a proposta foi bastante vantajosa, além de abrir um novo e promissor mercado para futuras negociações.

Por outro lado, apostas como o empréstimo de Reginaldo Vital e a compra de Fabrício e Wellington Paulo deram grande prejuízo ao Atlético. Foi argumentado que nenhuma empresa do mundo obtém êxito em 100% de suas negociações. Apesar disso, o Atlético tem mantido um saldo positivo, acertando mais do que errando.

DÍVIDAS

Outro ponto destacado foi o déficit apresentado em 2002. A diretoria expôs as razões que levaram o clube a fechar o ano no vermelho. Segundo Petraglia, o principal problema envolveu a super-valorização do elenco campeão brasileiro de 2001. “Qualquer um achou que merecia ganhar mais de R$ 50 mil e ter passe avaliado em milhões de dólares”, afirmou ele. O custo para manter o elenco e o treinador campeão foi muito alto e o retorno muito abaixo do esperado.

Para exemplificar a situação, foram apresentados dados relativos ao atacante Kléber. O jogador recebeu, a título de direito de imagem, renegociação de contrato e salários um valor superior a R$ 800 mil durante o ano passado.

JUAN FIGER

Questionado sobre o afastamento de Juan Figer dos negócios atleticanos, Petraglia revelou que o empresário uruguaio estava descontente em não deter exclusividade nas transações, mesmo que essa jamais tivesse sido uma exigência sua, informal ou contratual. Da mesma forma que o empresário não fazia negócios apenas com o Atlético, o clube também não aceitou se vincular exclusivamenta a ele.

Mário Celso Petraglia fez questão de deixar claro o quanto o empresário uruguaio, um dos principais agentes da FIFA, ajudou no crescimento atleticano, mas que o rubro-negro hoje em dia prefere andar com suas próprias pernas.

ARENA DA BAIXADA

Foram esclarecidas ainda questões referentes ao patrimônio do Atlético, especialmente em relação à Arena da Baixada. O clube está negociando um contrato com o grupo português Edifer, que também mantém negociações com o Vitória, da Bahia. A intenção é terceirizar a administração da Arena para eventos extra-futebol.

A parceria almejada pelo Atlético é distinta da idealizada pelo Vitória. No caso do clube baiano, a empresa construiria o estádio e o arrendaria ao Vitória S/A. Toda exploração seria feita pela empresa, que repassaria um determinado percentual ao rubro-negro baiano.

No Atlético, que já tem o estádio praticamente concluído, a situação seria radicalmente distinta. Caberia ao Grupo Edifer o término da Baixada e a construção, em anexo, de um grande centro comercial com saídas independentes, mas com interligação ao estádio. O parceiro exploraria toda essa área, mas 100% do que fosse gerado pelo futebol seria do Atlético.

CT DO CAJU

Além disso, a reunião do Conselho serviu para reforçar a política da diretoria do clube em ampliar o CT do Caju. O total da venda do lateral-esquerdo Jean e parte da venda de Kleberson serão canalizados para o empreendimento.

O Centro de Treinamentos do Atlético tem um custo mensal de aproximadamente R$ 300 mil. A proposta é tornar o CT auto-sustentável e ainda capaz de gerar lucro para o clube. As receitas seriam geradas graças ao intercâmbio com clubes de todo mundo, em trabalho coordenado pelo professor Antonio Carlos Gomes.

Reportagem: Juarez Vilella Filho



Últimas Notícias

Brasileiro

Fazendo contas

Há pouco mais de um mês o Athletico tinha 31 pontos, estava há 5 da zona de rebaixamento e tinha ainda 12 partidas para fazer.…

Notícias

Em ritmo de finados

As mais de 40 mil vozes que acabaram batendo o novo recorde de público no eterno estádio Joaquim Américo não foram suficientes para fazer com…

Brasileiro

Maldito Pacto

Maldito pacto… Maldito pacto que nos conduz há mais de 100 anos. Maldito pacto que nos forjou na dificuldade, que nos fez superar grandes desafios,…