Adeus às ilusões
Bastaram três bons resultados para que voltássemos a sonhar. Superada a síndrome dos jogos fora de casa, finalmente deslancharíamos. Mas a derrota para o Figueirense nos trouxe à realidade. Não temos condições de ir muito longe com esse time. Não pela sua qualidade técnica, que não chega a ser ruim, mas pelos mistérios que rondam a intimidade do clube.
Pensando bem, os jornais de quarta-feira já indicavam que algo de ruim estava por acontecer. As notícias destacavam que, se vencêssemos as duas partidas consecutivas na Baixada, nossos atletas seriam “premiados” com o cancelamento da “mini-temporada” em Camboriú. Poderiam, com tranqüilidade, retomar o seu alegre cotidiano nas noites de Curitiba. Alguns dias atrás, o retiro na serra gaúcha era apontado como fator determinante da tal “união do grupo”. Subitamente, virou castigo de perdedor.
Esse é o retrato do Atlético depois da sua maior conquista: um clube repleto de contradições e dúvidas que nunca são respondidas. O resultado é uma sucessão interminável de fracassos. A incrível queda diante do Figueirense mostrou que os nossos jogadores têm medo de vencer. Acostumaram-se a conviver com a mediocridade da faixa intermediária da tabela de classificação. Talvez um bom psicólogo ajude-os a superar as dúvidas existenciais que os atormentam.
Para nós, torcedores, fica o verdadeiro sofrimento. Mas não há de ser nada. Desinchadas as nossas cabeças, voltaremos à arquibancada.