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4 set 2003 - 14h03

Atlético 2003: ano de equívocos táticos

Maior do que qualquer outro fator (psicológico, administrativo, time jovem, etc…), o grande problema do CAP, neste ano, tem sido tático.

Desde que começou o ano, os técnicos que por aqui passam vêm cometendo equívocos grosseiros na escalação do time. Do Heriberto da Cunha não se pode falar muito, pois ele ficou pouco tempo no CAP e, neste pouco tempo, demonstrou que ainda não tem competência para comandar um time com a exigência que possui o Atlético.

Por sua vez, do Vadão esperava-se muito. Quando foi contratado, encheu grande parte da torcida de esperanças, que acreditava ser o técnico ideal para reerguer o Atlético a ponto de fazê-lo jogar, tal, como no ano de 1999 (ano do quadrado mágico, Adriano Kelly, Kleber e Lucas, lembram?). Porém, lamentavelmente, o que se viu foi o Vadão não ter conseguido dar o menor padrão tático ao time, que dependia totalmente das jogadas individuais dos seus atacantes, sobretudo, de Dagoberto. Quando este e Ilan (que estava em boa fase, já não está mais) não jogavam bem, o Atlético sofria em campo.

Além disso, o Vadão exagerava na teimosia em escalar o Capone (não como líbero, que é a sua maior virtude) e o Leomar, que por sua vez, não marcava, não armava, não chutava em gol, ou seja, uma nulidade em campo. No entanto, o Vadão insistia em escalá-lo, mesmo contra a opinião da maioria da torcida. Pior, colocou nele a tarja de capitão!

Resultado, o CAP era um time absolutamente apático, sempre envolvido no meio-de-campo, principalmente nos jogos fora de casa (tanto assim que o Atlético, sob o seu comando, não ganhou um jogo sequer fora de casa), e mesmo para times infinitamente inferiores tecnicamente, como, por exemplo, Fortaleza (1×0), Fluminense (2×1), etc…tamanha era a falta de vigor e de presença do meio-de-campo.

Pois bem. Depois da fraquíssima campanha, a diretoria conseguiu notar que o Atlético estava caminhando ladeira abaixo, rumo à segunda divisão, e resolveu trocar o comando técnico, contratando o técnico Mário Sérgio.

Todavia, ouso dizer que o nosso mais novo técnico chega a cometer equívocos iguais, ou, tão mais graves que os do Vadão. Isso porque, todos sabemos que o Mário Sérgio, além de ter sido excepcional jogador, como técnico de futebol é mais capaz que o Vadão. Contudo, contrariando até mesmo a sua história como jogador, comete o maior dos enganos que se tem visto por aqui, nos últimos anos.

Escala, para armar o nosso time, dois volantes que todos sabemos, possuem parcos recursos técnicos. Em entrevista ao Jornal do Estado do Paraná, edição de 03/09/2003, o Mário Sérgio disse que: “Tenho que analisar a relação custo-benefício. Prefiro colocar um jogador que marque e jogue do que um que só jogue”, “Seu eu faço o contrário, o adversário já sai em vantagem”. Ainda, segundo o referido jornal: “Segundo Mário Sérgio, o time não precisa de um meia-armador para melhorar o desempenho ofensivo e os dois volantes são os jogadores adequados para a tarefa de ligar a defesa ao ataque. ‘Esta conexão pode ser feita por eles’, disse o treinador…”

Diante dessas declarações, poder-se-ia afirmar que se o Mário Sérgio fosse técnico do Flamengo no ano de 1983, o Zico não jogaria com ele, pois só jogava, não armava. E, se fosse ele próprio técnico do Grêmio, no título Interclubes (do qual Mário Sérgio era o principal “armador”) nem ele jogaria, pois todos sabemos, ele só jogava, “não marcava.”

Sendo assim, pelas palavras do nosso técnico, podemos perder a esperança de ver o Jadson jogar. Ele, que sem dúvida, no elenco atual, é o único jogador capaz de armar uma jogada, de fazer um lançamento, distribuir o jogo, ou seja, tudo aquilo que o Douglas Silva e o Luciano Santos são incapazes de fazer (infelizmente, não na opinião do Mário Sérgio).

Não quero dizer que o Douglas Silva e o Luciano Santos são jogadores que não têm lugar entre os atuais titulares do time do Atlético. Mas, sim, quero dizer que, certamente, não têm lugar na função que a eles pretende dar o Mário Sérgio.

Ademais, a não escalação do Jadson afeta, diretamente, a produção do Adriano. Veja-se que a queda de produção do Adriano, coincide com a saída do Kleberson (muito embora ele não estivesse em boa fase, auxiliava o Adriano na armação do time), e a com a não escalação do Jadson.

Sendo assim, definitivamente, desisto do Atlético neste ano. Com essas concepções táticas, desde Vadão até Mário Sérgio, é realmente impossível que o Atlético produza algum futebol em campo. Com dois volantes armando o jogo, certamente, não passará de algumas vitórias esforçadas em casa, nada mais do que isso. O Atlético continuará dependente, única e exclusivamente, da inspiração dos seus atacantes.

Pior, que temos time para muito mais. Ou alguém acha que o Tcheco e o Jackson jogam mais que o Jádson e o Adriano, e que o Edu Salles e o Marcel, jogam mais que o Dagoberto e o Alex Mineiro?



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