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15 set 2003 - 9h21

Vergonha

É uma vergonha para o Estado do Paraná e para o futebol brasileiro. É assim que eu classifico esse bando de cabeças de bagre que hoje jogam, ou melhor, que hoje fingem que jogam no Atlético. O Atlético é inatingível, não pode ser criticado por ninguém, pois é algo maior, muito maior do que um time de futebol. Times de futebol são os nossos rivais. O tal de Coxa Branca que, do alto de seu racismo de outrora, mergulhou em imensa crise e hoje é um time cheio de jogadores negros e que tenta cativar a massa empobrecida a que antigamente virava as costas com arrogância; o Coxa que está falido e vem se agarrando nos galhos à beira do penhasco para não cair de vez e desaparecer no abismo.

E o Paraná Clube, que já foi grande e até bem desempenhou o papel de maior algoz da raça verde. Esses são times. Mas o Atlético é uma paixão, é uma religião, é algo mágico e transcendental. Não adianta tentar explicar isso a um paranista ou a um coxa. “Não jogueis vossas pérolas aos porcos”, disse há 2000 anos o maior dos profetas e mestre dos filósofos. Não tente explicar essa paixão a esses cidadãos comuns, pois eles não entenderiam e ainda se revoltariam profundamente.

Por outro lado, amigos atleticanos, se o Atlético enquanto instituição está acima do poder de crítica dos homens; se a Baixada é um templo do futebol e nós somos adoradores de um ideal grandioso, e não simples torcedores, os jogadores não estão nesse nível e podem, sim, receber as merecidas críticas. Ontem, no jogo com o Cruzeiro, foi a gota d’água. Qualquer retardado mental observa que os jogadores estão sem preparo físico, que estão andando em campo, que não correm, que não se esforçam.

Aliado a isso, qualquer idiota observa que os jogadores, além de falta de preparo físico, causado talvez por desleixo dos responsáveis pela área de Educação Física do Atlético, talvez e mais provavelmente pelas noitadas, pelas bebedeiras e pelas gandaias (a torcida tem de voltar a fiscalizar os botequins e as danceterias da cidade), também não andam bem tecnicamente. Não há passe bem feito, não há drible, não há um arremate a gol feito com elegância e precisão. Não há nada. Mais ainda, qualquer criança de 2 anos de idade percebe que os jogadores não seguem um plano tático definido. O que se vê é uma baderna sem qualquer esquematização, com a zaga batendo cabeça, o meio campo sem marcação e sem criatividade, o ataque sem qualquer agressividade e sem sequer ameaçar a defesa adversária, sem, enfim, buscar a razão final do espetáculo, que é o momento etéreo da explosão da massa em um grito de gol.

A solução? Ela existe, sim. Disse alguém aqui nesse espaço que o Atlético corria, e corria muito. Pois vamos trazer de volta o preparador físico que fazia o time correr. É o primeiro passo. Depois, vamos realizar um esforço conjunto, especialmente com a ajuda das organizadas, para flagar os malandros aí pela noite Curitibana e dar-lhes uma corrigenda inesquecível. Não é preciso bater nem agredir. Basta convocar a imprensa e fazer com que os repórteres esportivos mostrem ao Brasil inteiro onde malandrões como Alessandro, Rogério Corrêa, Douglas, Luciano Santos, Alex Mineiro e Ilan, entre outros, costumam ir quando não estão treinando.

Basta que a imprensa mostre como esses maus elementos se comportam em suas vidas extra-campo. E basta que a diretoria do Atlético exija mais aplicação, pois farras e atividades esportivas são incompatíveis. Vejam, por exemplo, a que nível chegou o nosso rival Coritiba. Por que o time deles rende? Porque seus dirigentes acabaram com as farras. Em terceiuro lugar, a diretoria deve procurar um técnico que esteja à altura de um Campeão Brasileiro, e o Mário Sérgio que me perdoe. Foi um craque, é verdade, mas até agora não mostrou que é um grande técnico. Mesmo porque não adianta dar uma de paizão e ficar passando a mão na cabeça de malandros e pilantras.

Um técnico que ponha essa cambada de enganadores com os pés de volta no chão. Não adianta Ilan e Adriano ficarem sonhando com a Europa, se não hoje não jogariam nem mesmo no time júnior do Combate Barreirinha. Eles que se aperfeiçoem, que treinem, que voltem a marcar gols, que voltem a jogar com raça e determinação e, quem sabe, alguma equipe do velho Mundo venha a se interessar por eles. Deve ficar claro que o caso do Kleberson é outro. Ele estava claramente se poupando de contusões desde que voltou da Copa do Mundo. Petraglia e ele sabiam que, mais cedo ou mais tarde, seria vendido. E agora que está lá, no Manchester, deve retomar o seu ritmo normal de jogo.

Todos nós sabemos que o futebolzinho que estava jogando aqui não era o mesmo que o consagrou em 2001, no time Campeão do Brasil, e em 2002, na Copa do Mundo, onde o Xaropinho chegou a carimbar o travessão da Alemanha com um de seus petardos de fora da área e sagrou-se o melhor jogador daquela histórica partida final. Mas esse foi um caso. Gabiru não deu certo na França, time algum quis o Alex, o Ilan sequer foi lembrado e o Kléber, que era considerado o bom, foi vendido para um time mediano lá do México.

É disso que precisamos, chamar essa turma de volta à realidade e fazer com que todos acordem. Afinal, todos elas acabam passando e o Atlético permanece ali, na rua Buenos Aires, no Caldeirão da Baixada, independente do destino que tomem em suas vidas. Se alguém desse atual elenco do Atlético Paranaense pretende ter algum futuro dentro do futebol, é bom que comece a pensar em abandonar as noitadas e se dedicar aos treinos com afinco.

E se a diretoria do Atlético pretende sair dessa situação, que procure com urgência o nosso antigo preparador físico e o traga de volta, que fiscalize a vida extra-campo dos jogadores e lhes imponha até mesmo multas em caso de serem encontrados por aí pelas quebradas da noite e, por fim, que contrate um técnico de verdade. como o bom e velho Evaristo de Macedo, o eficiente Jair Pereira ou até mesmo o vencedor porém sempre modesto Geninho. Lembro a todos os atleticanos, especialmente ao Presidente Petraglia, que a camisa rubro-negra só se veste (ou só se deveria vestir) com amor.



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