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23 out 2003 - 0h30

Preparar-se

Próximo jogo é fora, contra o Corinthians. Depois, em casa, o São Caetano, que está na briga por uma vaga na libertadores. Depois ainda, teremos o Goiás fora de casa, e o São Paulo na Baixada, sendo que este também está disputando vaga para a libertadores. O que esperar desses jogos?

Alguém pode explicar como o time joga tão bem contra os coxinhas para logo depois voltar a jogar mal? O que acontece? O grupo é limitado? Então como jogou tão bem naquele sábado, impedindo qualquer jogada ou reação dos jogadores adversários, não entrando em provocações para terminar o jogo como grandes heróis?

Uma torcida que comparece em todos os jogos da forma como fazemos, apóia o tempo todo, agüenta derrotas em casa de maneira tão digna, comportando-se tão bem, merece o que está ocorrendo? Não consigo entender e mesmo aceitar a oscilação de desempenho que os jogadores do Atlético têm, com exceção do grande Diego, a única real estrela que vejo nos jogos do Atlético. Faz tempo que não vejo um jogador encarnar tão bem o espírito do Furacão, com personalidade e liderança. Será que os outros não podem segui-lo como exemplo? Pelo menos tentar?

Árbitros à parte, os jogadores tem que fazer a sua, senão iremos passar um final de campeonato dos infernos, torcendo por vitórias nossas e por outros resultados de equipes que ainda estão abaixo na tabela.

O problema não foi perder para o Santos e em seguida para o Vitória. O problema é essa rotina acontecendo durante o ano todo: joga bem em casa, todos acreditam numa recuperação, porém o que ocorre são novas decepções, derrotas que poderiam ser evitadas.

Aconteça o que acontecer, não faço nem farei parte dos profetas do apocalipse, dizendo: “não falei?”. Continuo acreditando que é possível esse time jogar bem e manter o nível de jogo em um padrão elevado, pelo menos como nos jogos que vencemos tão bem na Arena. A tristeza vem justamente do fato que vimos jogos bons, desses mesmos jogadores que estão atuando hoje, porém eles parecem incapazes de manter o padrão por mais de uma rodada na seqüência. E essa tristeza pela aparente falta de motivação dos jogadores supera qualquer outro sentimento, mesmo o de revolta.

Além de torcermos por vitórias, creio que podemos rezar para evitar o pior. Em função do que vi o ano todo e dos jogos que ainda faltam, comecei a fazer isso seriamente a partir de hoje.



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