Amor rubro-negro
Uma coisa que não podemos esquecer é que os clubes de futebol existem em função dos torcedores. Os torcedores são a alma e o coração, o motivo das paixões existirem e não o contrário. Um clube sem torcida é como um corpo sem alma: impossível.
Isso fica muito mais claro no caso do Atlético. Inegavelmente, a sua torcida sempre foi um dos seus pontos mais fortes, a mais emocional de suas qualidades. Comparecimentos em peso mesmo em campanhas, digamos, complicadas. Uma torcida que participa do jogo, desde o começo até o fim, mesmo com placar adverso, sendo que muito dificilmente parte para atitudes mais drásticas, o que, se acontece, é motivado pelo mais absoluto amor pelo que o clube representa.
Para mim, a torcida tem que ser respeitada da mesma forma que um presidente de clube. Porque se estamos no campo, com derrotas ou vitórias, com chuva ou com sol, é porque amamos o clube incondicionalmente. Não estamos lá para ganhar dinheiro, por fama ou fortuna. Estamos lá porque existe um ideal em nossas vidas cuja figura é traduzida pelo símbolo do Clube Atlético Paranaense.
O jogador de futebol deve respeitar esse amor, esse ideal. Por isso, apesar de estar atuando por um clube de futebol em troca de um salário (às vezes muito superior ao que 99% dos torcedores recebem), deve atuar com respeito por esse torcedor, motivado pelo amor que vê presente numa massa de desconhecidos que está lá, gritando seu nome e apoiando-o, simplesmente por amor.
Por isso, meus amigos jogadores do Atlético, vocês tem obrigação de comportar-se condignamente ao amor que nós torcedores temos pelo clube. Vocês têm obrigação de respeitar o torcedor rubro-negro, porque estamos aqui desde sempre, e continuaremos aqui após a sua passagem. Nós somos o Atlético.
Restam 8 jogos. Não quero mais saber de desculpas: o juiz apitou mal; faltou sorte; jogamos bem, mas…. Quero dignidade quando estiverem representando-me em campo, com a camisa rubro-negra. Quero luta, garra, raça e disposição. Quero vitórias. Não mais aceito menos que isso.