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27 out 2003 - 10h39

Atletiba

Atletiba. O bom e velho Atletiba. Sempre, Atletiba. O sábado estava frio e nublado. Confesso que me demorei a sair de casa. Eu estava na dúvida, de ir ao jogo, ou não.

A grana estava curta. Tudo o que eu tinha eram 10 reais. E como possuo carteira de estudante, resolvi arriscar.

Peguei o “bonde” (Ahú-Los Angeles) e desci defronte ao Shopping Curitiba.

E segui caminhada rumo à Baixada.

Chegando lá, entro na fila para comprar ingresso, e o bilheteiro informa que não havia mais meia-entrada para estudantes.

E eu só tinha 10 reais. E pensei: “E agora?”

Eis que “surge” um cidadão, aparentando ter uns 50 anos de idade, e pergunta:

– Tem ingresso? – Não! (respondo, na ansiedade para entrar no estádio). – Eu tenho 1 aqui. E é de estudante. – Fechou! (respondo, MUITO contente!)

E pela bagatela de 8 reais, adquiri o meu ingresso.

Eis que, na entrada da Arena da Baixada, na Rua Buenos Aires, observo uma bela confraternização. Observo belas garotas, e observo chamativas cervejas. E eis que ouço um som. Um belo som. Aproximo-me do barulho, e vejo a banda da Confraria do ETA (Esquadrão da Torcida Atleticana) animar o pré-jogo, tocando, dentre outras coisas, o maravilhoso hino do Atlético. Senti, neste momento, muitos bons fluidos. Senti que algo de muito bom aconteceria logo mais.

Entro no estádio. E no canto esquerdo da arquibancada, acompanho o batuque e o movimento da torcida organizada Ultras, que estava em bom número, e realizou uma bela festa.

No decorrer do jogo tenho o costume de mudar de local, e no meio do primeiro tempo sigo em direção a torcida Os Fanáticos. E senti que algo de muito bom estava para acontecer.

Falta para o Atlético. Dagoberto bate, e no rebote, Ilan, de bicicleta, marca um golaço! Festa e delírio totais!!

Ao final do primeiro tempo, o Atlético perde outras boas chances de ampliar o marcador.

No intervalo, novamente mudo de local, e como costumo ficar no gol onde o Atlético ataca, vou ao setor direito da maravilhosa e incomparável Arena da Baixada.

Chegando lá, encontro meu grande amigo Bruno Rolim, e o massacre rubro-negro aumentou.

Dagoberto, o craque do jogo e certamente um dos melhores jogadores do futebol brasileiro, simplesmente barbariza a defesa alvi-verde.

Junto com Fernandinho, Dagoberto não deu sossego ao Coxa, e depois de uma bela jogada, deixa Ilan livre, na cara do gol, para finalizar novamente, com um toque de classe, e liquidar a fatura.

Após o gol, eu e o Bruno tomamos um banho de cerveja. Alguém arremessou um copo cheio de cerveja, que acabou vindo em nossa direção, bem no auge da comemoração do segundo gol. E foi um banho para lavar a alma, para festejar mesmo!

Clássicos são inesquecíveis. E ganhar um Atletiba é simplesmente uma delícia!

Nota triste: Inconformados com a derrota, alguns “torcedores” alvi-verdes, sem nenhuma educação, começaram a depredar o patrimônio atleticano, agindo como bárbaros da Idade Média. Sei que eles não correspondem a totalidade da torcida coxa-branca, mas eles deram um péssimo exemplo, devendo ser punidos com rigor e banidos dos estádios de futebol.



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