8 dez 2003 - 20h06

Que saudade…

9 de dezembro. Hoje essa data não tem muito significado para o torcedor atleticano. Depois do amargo empate contra o Vasco no último sábado, o Atlético precisará de muita força para conquistar a vaga para a Copa Sul-Americana. Até o técnico Mário Sérgio já desistiu e afirmou que apenas um milagre garantirá a classificação rubro-negra.

Porém, o 9 de dezembro de dois anos atrás foi de muita alegria para a nação atleticana. Foi nesta data que o Furacão varreu o Fluminense e garantiu, pela primeira vez em sua história, a classificação para a final do Campeonato Brasileiro. O jogo foi todo de Alex Mineiro, atacante inspirado que marcou três gols, garantindo a vitória por 3 a 2.

Depois, o Atlético venceria o São Caetano nos dois jogos decisivos e conquistaria o título mais importante desde sua fundação, em 1924. Mas o caminho para o título passou por aquele jogo emocionante. Relembre na reportagem da Furacao.com:

O Atlético venceu o Fluminense neste domingo por 3 a 2, de virada, em jogo realizado na Arena da Baixada. O grande destaque do jogo foi o atacante Alex Mineiro, que marcou três gols e foi decisivo para a vitória. Alex tem aogra 13 gols no Brasileirão e é o sexto melhor artilheiro da competição.

Com a Baixada completamente lotada, a torcida acabou se constituindo em uma atração à parte. A Fanáticos preparou vários adereços feitos com jornal, que enfeitaram o estádio.

Sem parar de cantar um minuto sequer, os atleticanos apoiaram o time, que não começou com tanto ímpeto como no jogo contra o São Paulo. Mesmo assim, o time quase abriu o marcador logo aos 2 minutos.

A melhor chance do Fluminense ocorreu aos 8 minutos. O meia Roger, que reclamou durante toda a semana da violência atleticana, chutou de fora da área e acertou a trave direita de Flávio. O Atlético deu o troco aos 16 minutos. Depois de um cruzamento da direita, Alex Mineiro cabeceou e a bola tocou o travessão do gol defendido por Murilo.

Depois desse lance, o time atleticano ganhou confiança e passou a dominar amplamente a partida. Criando boas jogadas pelas duas laterais e contando com a inspiração de Adriano e Kleberson, o Atlético encurralou o Flu em seu campo defensivo.

Adriano voltou a fazer boa jogada aos 32 minutos. Ele invadiu a área driblando e tocou para o centro da área, mas a zaga cortou. Aos 36 minutos, aconteceu o lance mais bonito de toda a partida. Kléber recebeu a bola fora da área, driblou cinco zagueiros de maneira espetacular e, como que por milagre, surgiu livre em frente a Murilo.

Ao tentar deslocar o goleiro, Kléber pegou mal na bola e chutou para fora. A torcida ficou paralisada após o lance. Seguindo o famoso ditado do futebol, o Atlético acabou sofrendo o gol depois de perder chances importantes.

Aos 44 minutos, Kleberson aliviou na marcação na meia-cancha e Sidney conseguiu lançar Magno Alves na área. O atacante dominou e bateu no canto de Flávio. O gol não calou a torcida atleticana, que só recuperou o fôlego para continuar apoiando o time.

Os dois times voltaram com a mesma escalação para o segundo tempo. O Atlético voltou mais cedo e ficou esperando o Flu por cerca de cinco minutos. Mostrando muita disposição, o Furacão apertou a garganta do Fluminense. Logo aos 4 minutos, saiu o gol de empate. Depois de escanteio, Nem ajeitou a bola no peito, Gustavo chutou para o gol, Rogério Corrêa desviou para o lado e Alex Mineiro, dentro da pequena área, chutou para as redes.

O gol explodiu a Arena. O Atlético continuou pressionando e criou várias chances, mas não conseguiu a virada. Aos 20 minutos, Oswaldo de Oliveira sacou o volante Sidney e colocou mais um atacante: o rápido Roni. O Flu se abriu e o Atlético acabou virando aos 23, em jogada de contra-ataque. Adriano tocou para Alex Mineiro na ofensiva esquerda. Alex recebeu e cortou André Luís, que escorregou e perdeu o pique da jogada. O atacante invadiu a área e tocou por baixo de Murilo, que saiu desesperado tentanto defender sua meta.

Lutando pelo empate, o Flu mudou de novo, com a entrada de Andjel em lugar de Caio. A alteração funcionou e o Flu empatou aos 29 minutos. Magno Alves recebeu na entrada da área e chutou no canto direito de Flávio. A bola ainda tocou no pé da trave antes de entrar.

Geninho sacou Kléber, que não estava bem e colocou Ilan, para aplausos da torcida. O jogo ficou franco e os dois times criaram boas chances. Oswaldinho tentou fechar o time, colocando Gilmar no lugar de Fernando Diniz. Os dois times criaram boas chances e podiam ter feito mais gols.

Em uma delas, Ilan tocou para Alex, que ficou livre para marcar. No entanto, o goleiro Murilo saiu muito bem e foi nos pés do atacante, defendendo a bola.

Aos 44, Alex Mineiro não deu chances para o goleiro do Flu. Ele pegou a bola a ponta direita, carregou para o centro do campo, ajeitou a bola e chutou de fora da área, no cantinho esquerdo do arqueiro. A Baixada explodiu em alegria. Os torcedores continuaram comemorando mesmo depois do jogo. Nos últimos minutos, Geninho sacou o herói Alex e colocou o zagueiro Igor. Ainda houve tempo para o violento Roger ser expulso, depois de cometer falta por trás.

Depois do final do jogo, os jogadores do Atlético foram para o vestiário, mas voltaram para agradecer ao apoio da torcida.

Semifinal – (09/12/01) – Atlético 3 x 2 Fluminense – Baixada
A: Paulo César de Oliveira (SP); CA: Régis, Sidney, Marcão, Roger , Kleberson, Cocito, Alessandro e Fabiano; CV: Roger; G: Magno Alves, aos 43 do 1°; Alex Mineiro, aos 3 e aos 24, Magno Alves, aos 29 e Alex Mineiro, aos 43 do 2°.

ATLÉTICO: Flávio; Alessandro, Gustavo, Nem, Rogério Corrêa e Fabiano; Cocito, Kleberson e Adriano; Alex Mineiro (Igor) e Kléber (Ilan). T: Geninho.

FLUMINENSE: Murilo; Flávio, André Luiz, Régis e Paulo César; Marcão, Sidney (Roni), Fernando Diniz (Gilmar) e Roger; Magno Alves e Caio (Andjel). T: Oswaldo de Oliveira.



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