Humildade
Quando a gente começa a se animar com o treinador Mário Sérgio lá vai ele e pisa na bola. Contra o vasco, tira Jadson e coloca o pé-murcho Ricardinho, que é o “Rei do Drible” realmente, mas se fosse pelo menos um “Valete da Finalização” em certos jogos já estaria bom. Mas o garoto é novo e com um grande potencial e contrato até 2008. A culpa não é dele, mas do Mário. Eu gostaria de saber dele o real motivo da implicância com o Jadson. Dizer que é problema de marcação é para rir.
O campeonato acabou para o Atlético depois da infeliz declaração de Mário Sérgio, dizendo que vai ser muito difícil ganhar em Belém. Que a classificação é um sonho impossível. E como realizar o trabalho com os jogadores durante a semana? Pra que? Desse jeito melhor economizar com a viagem até o longínquo Pará e perder por WxO. Parece que estamos falando do Real Madri, mas é o Paysandu. Sem demérito ao Papão da Curuzu, é um time fraco, que está entre os últimos do campeonato. Com os desfalques e tudo dá para ganhar.
Sou da opinião que enquanto hover esperança há motivos para lutar e acreditar. O imponderável ronda a existência humana com enorme freqüência. As combinações de resultados ajudaram o campeonato inteiro o medíocre e sortudo time “verde”, que implorou para não se classificar, mas mesmo assim, os outros clubes, esbanjando incompetência, o colocaram bem perto da vaga.
Tudo bem que sorte foi uma das coisas que faltou ao Rubro-Negro em 2003. Mas entregar os pontos é para os fracos. Gostaria de agradecer ao honrado goleirão Diego, um nobre. Obrigado, garoto, pela confiança. Obrigado por não ser como a maioria, por ser diferente, por buscar o impossível. A fé que você demonstra faz parte da essência desse clube, pois sempre precisamos muito de fé ao longo da história. Se a soberba do velho Pontes de Paiva não fosse tão elevada ele poderia aprender um pouco com você.
Mas ainda acredito em Mário Sérgio para 2004. O problema com o Jadson precisa ser resolvido. Não entendo por que a implicância com ele, justamente de um treinador que já elogiou o relapso e rebelde Rodriguinho. Mas a continuidade de um trabalho traz mais resultados do que a troca de técnico. O Atlético que o diga, depois de demitir treinadores em seqüência. Para termos um grande ano de aniversário de 80 anos, peço ao Mário Sérgio humildade para aprender com os erros. Humildade para escutar a voz do povo. Humildade para rever seus conceitos, para acreditar que as coisas não dependem só dele ou daquilo que ele acha. Abandonar a busca por algo possível e entregar os pontos não é humildade. É fraqueza. A humildade não é virtude dos fracos.