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23 jan 2004 - 8h45

A maravilha de ser torcedor atleticano

A maravilha de ser torcedor atleticano, é poder desfrutar das mais diversas opiniões relacionadas ao nosso querido atlético, dois dias após o PRIMEIRO jogo da temporada de 2004, ano de importância história e sagrada para a massa rubro-negra. Estes questionamentos, pertinentes ao futebol e principalmente ao Furacão, são o melhor remédio para que a torcida possa se unir (ao menos em críticas ou elogios) pelo acompanhamento do clube. E para isso coloco a minha opinião:

Acredito que estes que se deram ao trabalho de desembolsar R$ 15 para vaiar um jogador que joga somente 10 minutos, fazem parte da famosa turma dos “falsos atleticanos”, já nomeada por um dos dirigentes do clube no passado. Quem esperava que o Atlético fizesse um grande jogo e ganhasse de muitos a zero, que fique em casa, deitadinho na sua caminha para continuar sonhando. E como critíca muito bem, que estes sejam também os propositores de soluções que tornem o Atlético naquilo que vocês, críticos ferrenhos e até um pouco ignorantes, vêem em seus sonhos. Utopismo é lá no alto da glória….

Todos gostam de ver o Atlético dando show atrás de show, espetáculo a cada partida. Mas nem nós torcedores, muito menos a comissão técnica e os jogadores somos formados no curso de “fazedores de milagres”. Os milagres do futebol são apenas dois: jogadores craques (Dagoberto, Jadson, Fernandinho & Cia.) e muito, muito trabalho. Os jogadores deste ano estão fazendo valer os altos salários que recebem, iniciando uma pré-temporada de 40 dias no CT do Caju. Isso não acontecia há dois anos e meio, e os resultados disso ainda estão frescos nas nossas mentes. O problema é que estão frescos demais. Quanto ao jogo de quarta-feira, o Atlético não apresentou um futebol muito superior ao das 7 últimas partidas realizadas não ano passado, ressalvas a falta de entrosamento neste jogo. Ao contrário do poço da arrogância alviverde, que perde em casa para um time que tinha um treinador que chegou há apenas cinco (isso mesmo, cinco) dias, e treinou apenas duas vezes com a equipe, e do ridículo tricolor time de futebol e diretoria amadora que reside lá no quase também nosso Pinheirão, o Atlético manteve uma base, contratou bons jogadores e credita todas as suas fichas no eficiente trabalho a longo prazo, que dá ótimos resultados.

Em relação às contratações, as dispensas e permanências de jogadores que o clube está fazendo, é absolutamente normal. O ciclo do Adriano, grande jogador e de importância magistral para o título do Brasileiro, já se encerrou no CAP. Ele já fez a sua parte pelo Atlético, e para que ele não caia nas vaias da turminha do “eu odeio o Fabrício”, é melhor que ele saia mesmo, e que seja tão competente quanto aqui foi em qualquer outro clube. Agora que citado o nome, também não sou fã incondicional do futebol do Fabrício, da falta de garra e das reclamações do Ilan e da soberba que está (espero que não mais) grudada no Alessandro, no Rogério Correia, no Igor, no Ilan e no próprio Adriano. Mas não perco meu tempo indo ao estádio para pedir a cabeça deles. Futebol é coletivo, e no coletivo, com o tempo, (espero eu) eles voltarão a jogar um bom futebol e juntamente com estes que chagaram nos presentearão com várias estrelinhas douradas no nosso manto sagrado.

Finalizando, o coletivo não deve estar presente dentro das quatro linhas, mas sim partir de fora dos gramados. Quando o jogador vê que quem os acompanha nos estádio está ali para os incentivar, os apoiar e, principalmente, para torcer a favor do time atleticano, ele se sente mais estimulado a cumprir com a sua obrigação, que é a de fazer um bom jogo, dar o espetáculo e por fim nos dedicar uma vitória.

Concordo com as opiniões de todos, mas tenho na minha memória que não foi o radicalismo que tornou o Atlético grande, mas sim a União. Este radicalismo minimiza o Furacão, pois somos nós, os torcedores que fazemos dele grande, como o fizemos no ano passado, em 2 ou 3 jogos, nas finais do Brasileiro de 2001, e em outras oportunidades.



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