Criticar ou elogiar: eis a questão rubro-negra
Saudações atleticanas a todos. Visito todos os dias este digníssimo site e reparo na escassez de colunas, comentários e/ou opiniões na seção “Fala, Atleticano!”. Em vista deste fato, fiquei a perguntar-me o que havia acontecido, ou porque eram poucos os que estavam a dispostos a elogiar o nosso querido Atlético. Pois bem, humildemente expressarei a minha opinião:
Nós, os mais fanáticos, fiéis e apaixonados torcedores do Paraná (senão do Brasil), fazemos como a maioria das pessoas faz com determinadas coisas da vida: nos tornamos críticos ferrenhos quando a situação está “braba”, e não conseguimos ser capazes de elogiar na mesma intensidade quando vivemos fases como esta de agora.
Talvez estes seis primeiros adversários tenham sido de medianos para fracos (todos eles), talvez a equipe somente tenha tido sorte. Nisto eu não acredito. Que os adversários eram medianos, eram sim, mas a sorte só joga a favor de quem é competente, e os números do nosso Furacão mostram o que é competência de verdade. E munidos de uma peculiar arrogância aprendida com os Verdinhos, os mais desconfiados e descontentes atleticanos afirmam com segurança o que, aliás, é a verdade: “Num campeonato esvaziado e pífio como este, o Atlético não está fazendo muito mais do que a sua parte…”.
É comuns desejo de todos os rubro-negros da baixada que, este bom momento que o time vive não seja apenas uma fase, e sim uma constante, resultado da fixação de um trabalho sério e eficiente realizado pelo técnico Mário Sergio. E que venham os títulos, e um calendário mais recheado para o ano que vem.
Por isso, e por mais que ainda não tenhamos ganhado nada, me digno a parabenizar e a estar feliz com o Time do Atlético. Só para falar em estatísticas: se comparados com os outros campeonatos estaduais, o Atlético tem a segunda melhor campanha entre todos os times que disputam a série A do próximo Brasileirão. Tem o segundo melhor ataque, a primeira defesa e, se eu não estiver enganado, somente o Santos e o São Paulo, juntamente com o Atlético, ainda estão invictos nesta temporada.
Voltando os olhos para as rivalidades estaduais, posso afirmar com garantia que lá para os lados do “alto da glória”, está mais parecendo um grupo de foliões do carnaval: Ari, o Saci; Igor, o anão de circo; Luís Mário é Messias, o salvador da pátria; G. Gionédis e Tuta disputam acirradamente o título de Rei Momo; Adriano, o Mandraque (finge que joga muito, mas quando tem que jogar ele pipoca); Fernando, o Senhor dos Frangos; R. Brum, o Marketeiro; e por fim, D. Moro, a Maria Chorona. Todos, os unidos do Delegado, O Prof. Pardal. Futebol que é bom, sumiu junto com o Bonamigo e com o Theco. Jogar a Libertadores é para time de verdade, e não para eles. Serão a decepção nacional em 2004, e mancharão com a sua incompetência a imagem dos clubes paranaenses.
Outros que denigrem a imagem dos times do Paraná são os tricolores. Juntei os meus amigos atleticanos e coxas, pegamos nossas chuteiras, e em solidariedade ao time das fusões quase fomos até a Vila Capanema ver se eles nos queriam para fazer parte do elenco do clube. Não que eu ou eles quiséssemos trair aos nossos times de coração, mas na falta do que fazer, né, não custa nada ir jogar um futebol entre amigos, até porque receberíamos salários sem fazer muitos esforços… Jogamos juntos há quase três anos e acreditamos que até do Paraná a gente ganharia, pois este tá perdendo para todos mesmo… Só falta caírem para a segunda divisão do paranaense, pois da Segundona do Brasileirão eles não escapam. Mas nós não fomos. Não temos dó deles, e sabemos que se a situação fosse oposta (como infelizmente foi no brasileiro do ano passado), eles também iriam querer ver o Atlético na pior situação possível.
Falando do que realmente importa, como é bonito ver quando a camisa rubro-negra cai bem num jogador, né? Washington criou, cria e ainda criará muitos sorrisos e lágrimas de alegria nos olhos dos torcedores atleticanos, se continuar cumprindo com a sua parte dentro de campo, que é fazer gols. Ele deu ainda mais harmonia ao time, que agora tem um verdadeiro centroavante de referencia. Com Dagoberto, Jadson e Fernandinho, este, o verdadeiro Quadrado Mágico, vai mostrar novamente ao Brasil que na Arena da Baixada existe um Furacão que sopra e sopra forte. Referindo-me ao jogo do ultimo domingo, uma figura em especial me chamou a atenção: o odiado e sempre vaiado Fabrício. Jogou os noventa minutos e mostrou que tem futebol para ainda ficar no elenco do Atlético. Acredito que não vá tirar a vaga de titular do Marcão, mas pode ter tirado de vez o Ivan do time e até do banco de reservas. O time já joga bem, e ainda contará com os reforços de Dagoberto e Ricardinho. É para ficar feliz ou não? É para rir das desgraças alheias com gosto ou não? Só não é para achar que tudo está ganho, que somos imbatíveis e que não haverá verde, branco, vermelho e azul que nos derrote.
Quanto a nossa casa, a Arena, receberá cadeiras para adequar-se as legislações do Futebol. Quanto isto vai custar, e qual será o reflexo no bolso de quem vai aos estádios, a diretoria do clube ainda não teve coragem de dizer a nós. Não sou nem totalmente a favor, e nem radicalmente conta. Acho que indiretamente, este é o primeiro passo para a elitização não somente do Atlético, mas do futebol no Brasil. Se esta elitização for feita de forma gradativa, sem que agrida a massa, que é a que no conjunto mais ama ao seu clube, e permitindo a participação do Povão nesta nova realidade do Futebol.
Muitas e por enquanto (espero que no ano inteiro) felizes Saudações Atleticanas.