Sérgio Tavares Filho

Quando o apresentador Jorge Perlingeiro começar a divulgar as notas das escolas de samba do Rio de Janeiro, a maioria dos brasileiros já vai estar trabalhando após a folga do carnaval. “Estação Primeira de Mangueira… 10. Beija-Flor de Nilópolis… 10”. A voz inconfundível de Perlingeiro poderia ser usada, também, para dar notas para a torcida do Atlético.

Até a última rodada, mais de 26 mil torcedores pagaram ingressos para ver o rubro-negro em ação nos quatro jogos disputados até agora na Baixada. Uma média superior a seis mil pessoas. O maior exemplo de fidelidade ao time foi a partida deste domingo, contra o Rio Branco. Quase cinco mil pagantes viram a goleada do rubro-negro sobre o time parnanguara.

Um dos jogadores que mais tem recebido o apoio do torcedor é o atacante Washington. Ele afirmou que só recebeu tratamento igual quando jogava na Ponte Preta, onde foi artilheiro na maioria dos campeonatos que disputou. Questionado pelo repórter Leonardo Mendes Jr, da rádio CBN, se ele já se considerava um ídolo, Washington respondeu: “Quem decide isso é a torcida”.

Cianorte é a bola da vez

Para manter a boa média de público neste Campeonato Paranaense, a torcida rubro-negra tem um compromisso nesta quinta-feira. O time enfrenta o Cianorte pela segunda fase da competição. O time do interior, comandado por Caio Júnior, ficou na segunda colocação da Chave Norte (grupo b) com 15 pontos.

O técnico Mário Sérgio já afirmou que não vai dar moleza, apesar da bela campanha realizada até agora pelo Furacão: “O imponderável existe e acontece todos os dias. Nós temos que ter bastante humildade para saber que a gente precisa aprimorar muito”.

E é assim, aprimorando, que a torcida rubro-negra vai poder gritar, no fim do torneio, igual ao Jorge Perlingeiro: “Clube Atlético Paranaense, nota 10”. Nota digna de um campeão.