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14 mar 2004 - 1h00

Olhar para o futuro

Estamos com um time bem montado, com perspectivas de crescimento. Vários dos nossos jogadores são conhecidos nacionalmente. Os números atuais indicam que o Mário Sérgio é um treinador capacitado. Mesmo assim, as notícias que vêm da Baixada sugerem uma instabilidade permanente. As informações são desencontradas, e tudo é motivo para mau humor.

A Diretoria tem uma parcela de culpa por isso. O planejamento que levou o Atlético a grandes conquistas se apoiou numa estrutura fechada. A administração do clube imitou o “modelo” europeu, criando um distanciamento entre torcida e jogadores. Muito do romantismo que existia nos tempos da arquibancada de tijolos do Joaquim Américo desapareceu. A ganância, disfarçada sob a capa do profissionalismo, passou a ser a marca do “novo” Atlético.

Para piorar, tem a imprensa. Em sua maioria, os nossos cronistas esportivos são de uma mediocridade impressionante – o fenômeno, lamentavelmente, se espalha por todo o País. São comentaristas que analisam resultados, repórteres que se comportam como porta-vozes dos clubes e mesas-redondas que beiram o ridículo. Num quadro assim, não é de estranhar que o Mário Sérgio cultive inimigos. Ao contrário de outros técnicos, ele não se preocupa com bajulações, frases feitas ou agrados aos entrevistadores. Sua especialidade é confundir os burocratas da crônica. É odiado por isso. Não por acaso, são muitos os interessados na sua queda. Ele não é insubstituível, mas não existem motivos para que seja afastado.

De tudo isso, sobra espaço para um pouco de otimismo. Ao menos acredito que seja assim. O tempo se encarregará de fazer com que a arrogância da Diretoria ceda aos anseios da massa que quer participar da vida do seu clube. Recuperaremos a vibração que sempre nos caracterizou (e que não chegamos a perder). São boas as lembranças do passado. Mas não podemos nos esquecer de que os times de camisa desbotada que aplaudíamos no nosso estádio acanhado ou no deserto do Pinheirão estavam à beira da morte. Éramos nanicos, não pretendíamos nada. Daí vinha a nossa enorme paciência, a nossa fidelidade comovente. Temos que recuperar esses sentimentos, mas com os olhos voltados para o futuro.



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