Tristeza… por favor vá embora!
Jogando em casa o Atlético tinha a obrigação de vencer o Figueirense e se recuperar da vexatória derrota para o São Paulo na primeira partida do campeonato. Os pouco mais de três mil torcedores que foram ao estádio esperavam ver em campo um time vitorioso.
Logo na entrada em campo, pôde-se perceber que algo estava estranho. Sem a bateria da torcida organizada Os Fanáticos, a situação foi inusitada, pois os alvi-negros de Santa Catarina estavam em bom número e conseguiam abafar os gritos dos atleticanos.
O jogo
Com a ausência de um treinador, os jogadores demonstraram logo no início que não tinham um padrão tático e estavam perdidos em campo. Quando a bola parava de rolar, notava-se a discussão do time tentando ajeitar a equipe.
O esforço foi em vão. A qualidade técnica da partida era sofrível e não demorou muito para surgirem as vaias da torcida. As melhores chances do Atlético surgiam apenas em jogadas de escanteio, mas nada que pudesse empolgar a torcida.
Aos 26 minutos, Alessandro Lopes cometeu falta no lado direito da defesa rubro-negra. Sérgio Manoel bateu com muita força e Diego espalmou para o centro da área, onde estava Fernandes. O jogador não perdeu tempo e mandou para o fundo da rede atleticana.
O clima que já não era bom no estádio ficou ainda pior. Na base do desespero, o Atlético tentava partir para cima do Figueirense. Aos 37 minutos Fernandinho foi puxado dentro da área, mas Álvaro Azevedo Quelhas não assinalou a penalidade.
No final do primeiro tempo, o Figueirense teve Carlos Alberto expulso. O jogador fez falta feia em Marcão e recebeu cartão vermelho. Carlos Alberto passou fazendo gestos obscenos e xingando a torcida, em frente ao banco de reservas do Atlético, e criou bastante confusão. Vanderson e Valnei partiram para cima do jogador, mas a turma do deixa-disso chegou e amenizou a situação.
Como na última partida, o Atlético não soube tomar proveito da vantagem numérica. Num show de jogadas bizarras, o rubro-negro ainda teve de agüentar a pressão do Figueira. Numa das jogadas, Ilan foi inverter a jogada e nocauteou Ramalho com uma bolada na cabeça. Depois foi a vez de Alessandro Lopes errar passes fáceis e sofrer dribles por baixo das pernas. Aliás, foram inúmeras as vezes em que os atleticanos levaram esse humilhante drible.
Na segunda etapa, Alessandro Lopes e Ramalho saíram para a entrada de Valnei e Renna. Com uma equipe teoricamente mais ofensiva, o efeito foi imediato. Logo no primeiro minuto, Dagoberto chutou de fora da área e acertou a trave de Edson Bastos.
Todavia, a ofensividade ficou por aí. Confuso em campo, o rubro-negro continuou a errar muitos passes básicos e irritou ainda mais a torcida. Tanto é que depois de tantos erros o Figueira chegou ao seu segundo gol com Márcio Martins. O jogador não sofreu marcação na área e desviou de cabeça a cobrança de falta de Sérgio Manoel.
Revolta total dentro e fora da Baixada. Muitos torcedores ficaram protestando em frente ao estádio e soltaram muitos rojões mostrando a sua indignação. A situação ficou ainda pior aos 26 minutos quando Valnei cometeu pênalti em Felipe. Sérgio Manoel bateu bem e marcou o terceiro do Figueirense.
A torcida do Figueirense foi ao delírio. Com um jogador a menos, a equipe estava goleando o Atlético em plena Arena da Baixada. Os catarinenses deixaram os atleticanos na roda e com gritos de olé a humilhação foi ainda maior. Até o veterano zagueiro Cléber foi fazer gracinhas no ataque.
Aos 40 minutos, Dagoberto se jogou na área e o árbitro arranjou um pênalti para o Atlético. Até mesmo a torcida atleticana vaiou a decisão. Ilan bateu muito mal e isolou a bola para fora. Ironicamente, os atleticanos começaram a elogiar o atacante com gritos de ão ão ão, Ilan é seleção.
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