A democracia, se não é a melhor coisa do mundo, foi a melhor forma encontrada para se viabilizar a vida em sociedade. Por que eu falo que não é a melhor coisa do mundo? Porque existem pessoas que acabam não podendo falar aquilo que pensam, pois temem represálias. Covardes? Em alguns casos sim, mas em outros a atitude é compreensível.

Dessa maneira, gostaria de parabenizar de pé os jornalistas Alexandre Zraik, Augusto Mafuz, Airton Cordeiro e Capitão Hidalgo. Com certeza existem outros cronistas falando abertamente sobre o tema, mas cito estes porque os acompanho na mídia.

Outros jornalistas falam sobre o tema do ingresso majorado de maneira superficial, apenas para cumprir com o mínimo da ética jornalística. Porém, estes jornalistas citados tiveram a coragem e o profissionalismo de abordar o tema profundamente, sem temer as conseqüências e a arrogância de Petraglia e Fleury.

Mafuz já vem nos alertando faz tempo sobre o mandonismo instalado na diretoria do Atlético. Zraik utiliza o português claro em seu brilhante programa de TV, desmascarando todas as inverdades do caso. Hidalgo, no programa televisivo que participa fez a seguinte pergunta, de maneira enfática: “A quem interessa todos esses problemas no Atlético?” Ele não respondeu sua própria pergunta, mas foi brilhante, pois instigou a curiosidade crítica do telespectador. Cordeiro foi alvo de uma infantilidade por parte de Fleury e Petraglia, que fizeram “bico” quando ele usou uma figura de linguagem altamente utilizada no cotidiano.

Estes quatro jornalistas devem ser exaltados porque acreditaram na ética da informação e a Justiça provou isso.

Nesses tempos em que comemoramos os vinte anos do movimento “Diretas Já”, achei por bem exaltar a liberdade de expressão. EU SOU ATLETICANO E NÃO ADMITO QUE ME PROIBAM DE EXERCER ESSA PAIXÃO!

Obrigado também aqueles verdadeiros atleticanos anônimos envolvidos nessa manifestação que levou a Justiça a reconhecer a legitimidade da causa.