Voltando a ser o Furacão
Durante toda a semana, os jogadores do Atlético Mineiro sabiam qual seria a principal arma do Atlético para o jogo deste domingo: o contra-ataque. Na quinta-feira, o técnico Paulo Bonamigo alertou: Será uma equipe que virá, possivelmente, com uma proposta de velocidade no contragolpe”.
Porém, nem mesmo a previsão acertada do Galo conseguiu impedir a vitória do Furacão por 1 a 0, com um gol marcado em um contra-ataque. Tal qual os marcadores de Garrincha (que, apesar de saberem que o drible viria sempre pelo mesmo lado, não podiam evitá-lo), os jogadores do Galo não puderam parar o Atlético e o matador Washington.
É certo que o começo do jogo não foi muito favorável ao Rubro-negro. O time se postou defensivamente, à espera do melhor momento para dar o bote. O Galo, bem no estilo mineiro, também não se expôs logo de cara. O primeiro chute a gol da partida aconteceu aos 7 minutos, segundos depois de Marinho cometer pênalti em Wagner. Involuntariamente, o zagueiro acabou atingindo o adversário em um lance de velocidade.
Alex Mineiro, herói atleticano de 2001, bateu no mesmo estilo de grandes jogadores como Roberto Baggio e David Beckham. Chutou muito forte, embaixo da bola e a mandou a bons centímetros de distância do travessão de Diego. O susto acordou o Atlético. Aos 28 minutos, Marcão avançou pela direita e Eduardo fez sua primeira defesa na partida.
Aos 33 minutos, o árbitro anulou um gol de Wagner, que estava impedido. Empolgado, o Atlético Mineiro se descuidou. Apenas três minutos depois, o Furacão conseguiu encaixar o esperado contragolpe. Raulen cobrou lateral rapidamente e encontrou Washington na ponta-direita. O que se viu nos segundos seguintes foi uma aula de um goleador.
Washington matou com o lado do pé, ganhou de Renato na velocidade, deu uma meia-lua no adversário e invadiu a área. Mesmo sem muito ângulo, soltou a bomba: a bola passou por entre o goleiro Eduardo e a trave esquerda. Aos 39, Dagoberto e Raulen puxaram outro contra-ataque pela direita e Washington desperdiçou uma excelente chance para fazer o segundo.
Segundo tempo: administrando a vantagem
O Atlético Mineiro voltou para a segunda etapa com um esquema mais ofensivo: o técnico Paulo Bonamigo sacou o meia Dejair e colocou em campo o atacante Enrico. Porém, quem teve mais iniciativa nos primeiros minutos da etapa final foi o Furacão. Washington e Fernandinho tiveram boas chances para marcar. Aos 16 minutos, Dagoberto invadiu a área livre, mas cruzou fraco.
O Galo só passou a atacar depois desse lance. As melhores chances do time surgiram em cobranças de falta do zagueiro Gaúcho. Aos 20, ele bateu forte, Diego soltou nos pés de Alex Mineiro, mas fez ótima defesa no rebote. Aos 22, Diego espalmou para escanteio e, aos 27, o goleiro conseguiu defender o forte chute do zagueiro alvinegro.
Preocupado, o técnico Levir Culpi resolveu mudar a equipe. Entre uma falta e outra de Gaúcho, sacou Washington e Jadson e mandou a campo Ilan e Alan Bahia. Com isso, o Furacão retomou o mesmo esquema da etapa inicial e passou a jogar nos contra-ataques. Aos 33 minutos, Fernandinho roubou bola no campo de defesa, avançou até a área do Galo e chutou forte. Eduardo fez excelente defesa. Logo depois, o meia foi substituído por Adriano, que fez sua estréia no Campeonato Brasileiro.
E foi ele o autor da última jogada relevante do Atlético na partida. Aos 46, Adriano recebeu passe de Ilan em outro contra-ataque, mas não chegou a tempo de dominar a bola e acabou desarmado pela defesa.
No final do jogo, o capitão Fabiano resumiu a atuação do time. “Hoje nós mostramos o nosso jogo, que é aproveitar os contra-ataques rápidos e jogar com muita velocidade”. Simples, mas eficiente.
Saiba mais:
– Análise de Atlético-MG 0 x 1 Atlético, por Rogério Andrade
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