4 jul 2004 - 15h16

Análise do jogo Atlético 4 x 1 Juventude

O atleticano Fabio Kaiut Nunes faz a análise do jogo Atlético 4 x 1 Juventude. A vitória do Furacão deixou o clube rubro-negro em 3º lugar na classificação. Confira:

Análise de Atlético 4 x 1 Juventude

Ressaltar a excelente partida de Washington, no sábado contra o Juventude, seria martelar o óbvio. Três gols, passe para mais um, excelente posicionamento em campo, capitão da equipe, um dos artilheiros do campeonato.

O importante desta vitória foi a compleição do time que, para nosso prazer, jogou como um TIME. O setor defensivo não descuidou de suas funções, pelo contrário, esteve quase perfeito e manteve a correta proximidade com o meio de campo para não criar “buracos” que o adversário pudesse explorar. O meio campo, por sua vez, esteve compacto, com muita marcação e criando, seguida e brilhantemente, oportunidades de perigo à meta adversária. O ataque, por sua vez, fez o que dele era esperado: aproveitou as chances que teve e mesmo aquelas desperdiçadas foram concluídas – quase sempre – com precisão.

Houve os destaques – positivos e negativos – do time. Infelizmente Igor e Ivan não parecem muito afeitos à idéia de ganhar uma vaga no time titular: estiveram desatentos em alguns momentos e quase comprometeram a estabilidade defensiva. Bruno Lança não tem o mesmo “timing” de marcação demonstrado por Alan Bahia: este poderia exercer melhor que aquele a função de primeiro volante.

Por sua vez, Jadson – muito criticado pelas atuações apagadas que teimavam em repetir-se – mostrou-se disposto, obstinado e criativo em campo: de seus pés saiu boa parte das chances de gol do Atlético no primeiro tempo – foi poupado no segundo. Fernandinho dominou muito bem a ligação com o ataque e chegou perigosamente à meta do Juventude, em suas investidas em velocidade pela direita.

A grande e saborosa surpresa foi a presença de Ilan no jogo que, tendo aprendido a tocar a bola com seus companheiros de time, aparecia finalizando seguidamente a gol: o primeiro saiu de seus pés (muito embora creditado a Washington, por conta do “carrinho” final) e o quarto de uma conclusão após passe de Washington. Ilan continua tentando (sem muito efeito) fazer bonito, é verdade, mas é uma questão de personalidade. Isso mostra que a disputa com Dagoberto – que permanece titular e retorna contra o Paraná Clube – pela vaga no ataque tem sido muito saudável.

No aspecto tático, alguns questionamentos a Levir Culpi:
– por que, com 3×0 no placar, não ter dado uma chance a Morais de ganhar ritmo de jogo, numa eventual substituição de Fernandinho ou de Ilan?
– por que insistir com Bruno Lança se Alan Bahia está com um retrospecto e volume de jogo muito maior?
– com a saída de Rogério Correa (pela contusão neste último jogo), o time volta ao 4-4-2? No início do jogo ficou evidente que a falta de um segundo volante (sacado para dar lugar a um terceiro zagueiro) deixa o adversário mais tempo com a bola nos pés, o que, diante de um time com mais criatividade que a demonstrada pelo Juventude, pode ser muito perigoso.

Por fim, duas notas tristes em relação a essa partida:
– a contusão de Rogério Correa, em um momento em que ele começava a acertar o entrosamento com Marinho e Fabiano na zaga;
– o “imbroglio” jurídico que não permitiu que Adriano tivesse condições de jogo, problema esse que – aparentemente – poderia ter sido resolvido com uma mera viagem a Montevidéu.

Fabio Kaiut Nunes é advogado e colaborador da Furacao.com.

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