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12 jul 2004 - 14h06

Chatérrimo

Infelizmente fui ao jogo sábado, contra o Palmeiras. E apatia é a palavra que define o meu sentimento após sair do estádio. Mas nem tanto pelo jogo em si, e sim pelo que presenciei.

Ir à Arena da Baixada tornou-se algo chato, burocrático, sonolento. Infelizmente, lá se vai o tempo em que a diversão estava garantida quando eu adentrava ao templo sagrado do futebol.

Confusão, muita ZONA na hora de comprar o suado ingresso. Os tais ingressos numerados, com o tal local pré-determinado pra se sentar… Tudo isso, uma PORCARIA!!!

Cadê a minha liberdade de ir e vir? Cadê o meu direito à escolha do local que eu quero ficar? Cadê o meu direito de passear pelo estádio?

O tal “Estatuto do Torcedor”, que é a maior PORCARIA já inventada pelos legisladores do nosso “país”, simplesmente ACABOU com o prazer de se assistir a uma partida no nosso querido e saudoso Caldeirão. Não posso circular pelo estádio, não posso trocar de lugar, enfim, não posso mais fazer muitas coisas dentro da Arena.

Desorganização, muita desorganização…

“Seguranças”… e eu pergunto: que espécie de seguranças são esses que o Atlético contratou? Mal-educados, eles proibiram a moça que estava ao meu lado de ir ao banheiro: -“Se você for ao banheiro e sair do seu local, não pode voltar mais.”, sentenciou o idiota do segurança.

Silêncio, total silêncio… e cadê a bateria? Por que essa diretoria está fazendo isso com a torcida atleticana. Levei um amigo meu ao estádio, ele nunca havia ido a um estádio aqui em Curitiba. E propagandeávamos o Atlético e sua incrível e barulhenta torcida. A primeira impressão é a que fica, já afirmava uma propaganda de desodorante. E qual a impressão que ele terá da torcida atleticana?… É realmente desolador…

E para piorar: a torcida verde portava instrumentos de percussão! Onde já se viu isso?? Torcida adversária com regalias, e a torcida local não! A que ponto chegou a intolerância e a estupidez dos dirigentes rubronegros.

Sem aquela pressão, tradicionalmente verificada dentro do Caldeirão, a apatia foi transferida aos jogadores, que pouco conseguiram produzir. Com todas estas diversas proibições perante a torcida rubronegra, as equipes adversárias não se sentem mais intimidadas, e conseguem desenvolver o seu futebol. E diante de todas estas circunstâncias, o empate com o líder Palmeiras acabou sendo um bom resultado.

Qualquer análise técnica ou tática da partida perde totalmente o seu efeito, diante de tais fatos. O fato é que a apatia se transferiu, a falta de um barulho convincente foi estranhada pelos próprios jogadores, que, conseqüentemente, estavam mais lentos e desligados da partida. Fiquei com sono, muito sono durante a partida. E eu nunca havia ficado com sono dentro do Caldeirão.

E brigas, várias brigas. O tédio acabou se transformando em violência. Uma briga na Fanáticos, outra briga na reta inferior, e uma briga próxima da onde eu estava. Policias mal-educados, seguranças totalmente desnecessários e extremamente invasivos e incovenientes… era uma vez a diversão! Era uma vez o tempo em que ir á Baixada torcer para o Furacão era uma das melhores coisas desse mundo… e viva o desânimo!

A partir de agora, viva o rádio! Recuso-me a entrar na Arena, se esse quadro não mudar.



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