28 jul 2004 - 21h55

Furacão toca quatro na líder Macaca

Na busca do equilíbrio dentro de casa o técnico Levir Culpi surpreendeu todos ao escalar Marcão como zagueiro, ao lado de Marinho e Rogério Corrêa. Assim como na partida contra o Goiás, o pelotão de frente também foi formado por três jogadores, Dagoberto, Ilan e Washington.

Com a bola em jogo, o time atleticano foi para cima da Ponte Preta. As principais jogadas, no entanto, aconteciam somente nas cobranças de falta, nas quais Dagoberto levantava na área e Washington causava perigo de cabeça. A partir dos 20 minutos o jogo começou a pegar fogo. O lateral-direita Pingo fez excelente jogada pelo seu setor e chutou cruzado, mas a bola desviou na zaga e foi para escanteio. Pouco depois, foi a vez da macaca levar perigo numa cabeçada de Flávio. A bola só não entrou porque Diego conseguiu tocar com a ponta dos dedos e a bola ainda tocou a trave.

Na seqüência, em contra-ataque, o Atlético saiu rápido do campo de defesa e chegou na área com Ilan. Na dividida a bola sobrou para Washington na marca de pênalti. O matador chutou forte de esquerda, mas a bola subiu demais e passou por cima da trave.

Novamente com bola parada, o rubro-negro desperdiçou uma excelente oportunidade após o escanteio cobrado por Dagoberto. A bola passou por todo mundo e sobrou para Marinho tentar de carrinho dentro da pequena área. A tentativa não deu certo e a bola foi para linha de fundo. A Ponte respondeu numa bobeada de Pingo. O lateral perdeu a bola na defesa e deixou Júlio César livre. Rogério Corrêa chegou na cobertura e obrigou o atacante a tocar para trás. Na batida, Marcão savou a meta de Diego ao desviar o chute.

Aos 42 minutos, Dagoberto fez o que quis na zaga da macaca. Pela direita, o jogador driblou cinco marcadores e invadiu a grande área. Dago ficou de frente para o gol e bateu de bico. Infelizmente a bola desviou e foi para escanteio. Apesar do frio, o lance levantou a torcida na Baixada.

Segundo tempo
Como no primeiro tempo, o rubro-negro começou pressionando o adversário. Logo aos 4 minutos a equipe teve uma chance de ouro. Dagoberto lançou Ilan dentro da área, mas em vez de tocar para Pingo, que estava em melhor posição, o atacante preferiu chutar e jogou fora mais uma boa oportunidade.

A forte marcação armada por Marco Aurélio na Ponte Preta impedia as jogadas mais ofensivas do Furacão, deixando o jogo bastante truncado. Com a contusão de Pingo, Levir Culpi deslocou Fernandinho para a lateral-direita e colocou Jadson na partida. A substituição deu resultado, o volume de jogo atleticano cresceu e as chances eram criadas com facilidade. Mas, aos 20 minutos Dagoberto se desentendeu com seu defensor após perder jogada na linha de fundo. Alício Pena Júnior interpretou o lance como agressão e expulsou o atacante.

Instantes depois, o árbitro errou feio ao não assinalar uma penalidade clara de Zé Maria em Fernandinho. Mesmo assim, o time atleticano não desanimou. Aos 25 minutos Jadson cobrou falta da esquerda, a bola passou por todo mundo, menos Fernandinho. O meia entrou como um foguete por trás da zaga e tocou de primeira para abrir o marcador na Arena.

Somente após o gol a macaca passou a ameaçar Diego. Na base da vontade os jogadores tentavam partir para cima do Atlético, porém apenas através dos chutes de longa distância. Preocupado com a derrota, Marco Aurélio tentou colocar sua equipe mais para frente ao deixar três atacantes em campo. Até mesmo com um jogador a menos, quem chegava com mais perigo era o Atlético. Washington perdeu duas chances incríveis dentro da área, nas duas sua cabeçada não saiu certa.

Aos 38 minutos, Diego lançou Washington com as mãos, o atacante rolou para Fernandinho arrancar e lançar Jadson, o meia parou na frente da grande área, esperou Ivan passar pela esquerda e enganar o marcador. Com um belo chute rasteiro no canto esquerdo do goleiro Lauro o meia mostrou por que deve ser titular da equipe.

Cinco minutos depois, Ivan recebeu ótimo lançamento pela esquerda e viu apenas um atleticano dentro da área. O lateral não pensou duas vezes cruzou para o matador Washington cabecear e marcar o terceiro, redimindo-se das chances perdidas. Quem pensava que a partida já estava encerrada se enganou. Aos 45 Jadson arrancou pelo meio e tocou para Rogério Corrêa, que saiu em disparada para o ataque, o zagueiro chutou prensado com o goleiro e a bola sobrou para Ivan tocar de cabeça e selar a goleada.

Saiba mais:
Análise do jogo Atlético 4 x 0 Ponte Preta, por Ricardo Campelo.

19ª rodada – Brasileiro – (28/07/04) – Atlético 4 x 0 Ponte Preta
L: Arena da Baixada; H: 20h30; A: Alício Pena Júnior (MG); CA: Ricardo Conceição (12′), Marcus Vinícius (18′), Thiago Messias (27′), André Cunha (28′), Rogério Corrêa (56′), Jadson (68′) e Ilan (76′); CV: Dagoberto (65′); P: 8.272; R: R$ 89.077,50; G: Fernandinho, aos 25, Jadson, aos 42, Washington, aos 44 e Ivan, aos 46 do 2°.

ATLÉTICO: Diego; Pingo (Jadson 66′), Marinho, Rogério Corrêa, Marcão e Ivan; Alan Bahia, Fernandinho e Dagoberto; Washington (William 89′) e Ilan. T: Levir Culpi.

PONTE PRETA: Lauro; André Cunha, Thiago Messias e Luis Carlos; Marcus Vinícius, Zé Maria (Washington 75′), Ricardo Conceição (Angelo int) (Vânder 72′), Flávio e Lindomar; Weldon e Júlio César. T: Marco Aurélio.



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