15 ago 2004 - 22h28

Análise do jogo Atlético 1 x 0 São Paulo

O colunista Silvio Rauth Filho analisa a vitória do Atlético sobre o São Paulo por 1 a 0 neste domingo à noite. Com o resultado, o Rubro-negro saltou para a quarta colocação. Confira o texto de Silvio:

Vitória da inteligência e da coesão
por Silvio Rauth Filho

O Atlético não fez uma partida brilhante, mas mereceu a vitória contra o São Paulo, neste domingo, na Arena. Se não repetiu a qualidade técnica de outras partidas, a equipe pelo menos foi eficiente taticamente e demonstrou aquele "equilíbrio" tão defendido por Levir Culpi.

Os primeiros 20 minutos foram difíceis. O São Paulo atacava bem, encurralando o time da casa. Até então, a equipe paulista teve duas chances para marcar, a mais clara delas em um cruzamento de Cicinho que encontrou a cabeça de Diego Tardelli.

Depois disso, o Atlético acertou a marcação sobre os perigosos alas adversários e tomou conta do jogo. A partir daí, o gol atleticano tornou-se questão de tempo. Dagoberto errou uma, duas, três vezes. Mas na quarta, ainda na primeira etapa, o Diabo Loiro fez uma bela jogada e marcou, de perna esquerda.

O gol desmoronou o São Paulo, que mostrou ser dependente de Luís Fabiano e Grafite – ambos desfalcaram sua equipe neste domingo. Melhor para o Atlético, que controlou todo o segundo tempo, graças ao eficiente trabalho do quinteto de marcação (Fabiano, Rogério Corrêa, Marcão, Alan Bahia e Pingo).

Rogério Corrêa, aliás, teve seu dia de Marinho. Além da perfeição na defesa, começou a jogada do gol. Marcão mostrou a habitual garra e a incrível precisão nas bolas aéreas. Fabiano continua o mestre da cobertura. Alan Bahia e Pingo anularam os avanços dos alas adversários e ainda começaram boas jogadas de contra-ataque.

Já o quinteto ofensivo teve um destaque negativo: Fernandinho. O jovem craque, que vinha sendo o mais regular e participativo jogador do setor, esteve apagado. Na outra ala, Ivan mostrou alguma evolução, acertando alguns dribles e fazendo boas arrancadas pelo meio. Mas ainda está abaixo do ideal. Washington foi bem nas tabelas e fez seu papel dentro da área. Jadson mostrou mais uma vez seus passes e lançamentos geniais, além dos dribles humilhantes. Mas a noite foi mesmo de Dagoberto, que fez o gol e provocou a expulsão de um adversário. Incansável e aguerrido, foi o coração e o pulmão do Furacão nesta vitória.

Enfim, o Rubro-Negro jogou um bom futebol, suficiente para se classificar para a Libertadores. Mas, para o título, falta ainda um pouco mais.

Silvio Rauth Filho é colunista da Furacao.com. Clique aqui para ler outros textos de sua autoria.

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