Ah, se não fosse a arbitragem…
"Esse gol deveria ser o gol da vitória porque o Atlético fez um e o bandeirinha fez o gol do Figueirense". Com essa frase, o técnico Levir Culpi abriu a entrevista coletiva após o jogo, comentando o gol de empate do Atlético por 1 a 1 e resumindo como foi a partida entre Figueirense e Atlético, disputada nesta quarta-feira à noite em Florianópolis.
O erro grosseiro dos árbitros Carlos Eugênio Simon e José Chaves Franco Filho afetou diretamente o resultado da partida. Não fosse o pênalti inexistente assinalado por Franco Filho e marcado por Simon, a história da partida poderia ter sido bem diferente. De qualquer modo, o equívoco seviu para mostrar um Atlético mais maduro e regular – o time não perde há sete jogos, seu período de maior invencibilidade na competição.
Sem contar com quatro jogadores titulares (Marinho, Fabiano, Jadson e Washington), o técnico Levir Culpi foi obrigado a utilizar alguns reservas que há muito tempo não iniciavam uma partida. Foi o caso de Igor, William e Dennys, que começaram jogando.
O jogo começou equilibrado, com as duas equipes não se arriscando muito. Logo aos 2 minutos, Jeovânio recuou mal uma bola e Dennys só não ficou livre para marcar porque o goleiro Édson Bastos saiu da área para cortar. Logo depois, ele foi novamente exigido em chute de Fernandinho. Aos 15, Alan Bahia salvou o Atlético tirando uma bola em cima da risca do gol, após cabeçada de Éverton.
Cinco minutos mais tarde, Alan Bahia acabou sendo um dos protagonistas do lance mais lamentado de todo o jogo. Depois de um cruzamento, a bola tocou em sua perna. O assistente José Chaves Franco Filho assinalou irregularidade. O árbitro Carlos Eugênio Simon se dirigiu a ele e, depois de rápida conversa, marcou pênalti para o time da casa. Indignados, todos os jogadores do Atlético reclamaram da marcação equivocada.
O atacante Izaías cobrou bem e marcou o gol do Figueirense, que mudaria o rumo do jogo. A tática do Atlético de jogar nos contra-ataques teve de ser alterada e o time precisou demonstrar maturidade para não perder mais um jogo fora de casa.
Segundo tempo: mudanças e empate
O técnico Levir Culpi não esperou muito para mudar o time e trocar o sistema de jogo. Bastou uma ameaça do Figueirense, aos 6 minutos, para Culpi apressar as alterações. No lance, Éverton passou por três atleticanos e chutou forte, mas Diego fez ótima defesa e evitou o segundo gol.
Aos 12, Raulen e Edvaldo entraram nos lugares de Igor e Dennys. Com isso, Fernandinho passou a jogar no meio-campo e Bruno Lança recuou para formar a linha de zagueiros ao lado de Rogério Corrêa e Marcão. No ataque, a entrada de Edvaldo deu novo fôlego ao time e abriu nova opção de jogo, uma vez que ele é sete centímetros mais alto que Dennys.
Não demorou muito para a mudança surtir efeito. Fernandinho começou a aparecer mais para o jogo e criou mais chances para a dupla de ataque. Foi em jogada dele que surgiu o gol de empate atleticano. Aos 20 minutos, ele chutou cruzado da direita e o goleiro Édson Bastos deu rebote. Na sobra, o lateral Raulen bateu para o fundo da rede e marcou seu primeiro gol no Atlético.
Com o empate atleticano, o jogo se tornou indefinido. Aos 34 minutos, Diego fez mais uma excelente intervenção em cabeçada do veterano zagueiro Cléber. Quase dez minutos depois, foi a vez de o Atlético estar a ponto de marcar o segundo. William chutou de longe, Édson Bastos espalmou e a bola tocou na trave.
No final das contas, o empate contra o Figueirense foi um resultado razoável. Mas a sensação de ter sofrido o gol em erro grosseiro da arbitragem deixou um gosto amargo. "Estamos decepcionadíssimos com o resultado, que deveria ser vitória do Atlético por 1 a 0. Conseguimos parar o ataque deles. Só não deu para bloquear o bandeirinha", resumiu o técnico Levir Culpi.
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