3 set 2004 - 1h51

Análise do jogo Atlético 2 x 0 Guarani

A colunista Patricia Bahr foi à Arena da Baixada e analisa a vitória do Atlético sobre o Guarani por 2 a 0. Confira o texto:

Análise: Atlético x Guarani
por Patricia Bahr

Levir Culpi conseguiu definir com perfeição o que foi a partida contra o Guarani: "um jogo ruim e um grande resultado". O Campeonato Brasileiro chegou numa fase em que somar pontos é essencial. Na noite desta quinta-feira, o Atlético não foi perfeito, mas foi eficiente. A vitória por 2 a 0 nos coloca em pé de igualdade para enfrentar o Santos na Vila, brigando pela liderança isolada na competição.

Se a partida não foi um belo espetáculo para nossos olhos, fez bem para a alma. 51 pontos e há 10 jogos sem perder no campeonato. O time está amadurecendo, se encorpando na hora certa. Levir conseguiu definir um padrão de jogo para a equipe e o Atlético está conquistando terreno, ponto a ponto, sem fazer muito alarde, mas com uma eficiência impressionante.

O Guarani foi um time encardido. Às vezes, é pior pegar um adversário "desesperado", que está na briga para não cair, do que um concorrente direto. A equipe de Campinas conseguiu anular Jadson, o comandante do meio-campo do Atlético, e com isso as jogadas rápidas e imprevisíveis no contra-ataque praticamente inexistiram. E ainda conseguia boas investidas no ataque, levando constante perigo à meta defendida por Diego. Mais uma vez o time recuou em demasia, marcando o adversário muito próximo da área. É um defeito que há tempos vem se repetindo no time rubro-negro.

Num jogo sem grandes emoções ofensivas, o destaque foi o goleiro Diego. Fez boas defesas, garantiu o placar, foi decisivo. Ao lado de Alan Bahia, que jogo após jogo vem apresentando um grande futebol, foi o nome da noite. Aliás, o comportamento defensivo do time do Atlético tem melhorado sensivelmente. A marcação se ajeitou com Marinho, Fabiano, Rogério Corrêa, Alan e a grande descoberta do ano, Marcão.

Ofensivamente, vale mais uma vez anotar o espírito "matador" do artilheiro Washington. O jogador não fez uma grande partida, mas marcou o gol, o 16º dele na competição, atingindo a marca de 26 gols na temporada, em 31 partidas. De fato, um excelente aproveitamento.

Quarta-feira, contra o Santos, lá na Vila, esperamos que o Atlético volte a apresentar seu melhor futebol. Sem a presença de Dago, sabemos que o time perde um pouco de seu brilhantismo. Mas, na luta pela liderança, vale até jogar um futebol feio, marrento, porém, eficiente. O que vale mesmo é a vitória, os três pontos que nos asseguram o topo da tabela. Para a conquista da segunda estrela dourada, não é preciso dar show, basta jogar o suficiente para vencer os adversários. Na Vila, teremos nossa pré-decisão. Mais do que nunca, é briga de cachorro grande. Sou mais Furacão!

Patricia Bahr é colunista da Furacao.com. Clique aqui para ler outros textos de sua autoria.

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