Sobre Alessandro Lopes
Resolvi “passear” pelo site e parei no “Fala, Atleticano”. Ali tive o desprazer de ler o seguinte texto (Baixe a bola, Alessandro Lopes), que a seguir comentarei.
Alessandro Lopes é uma das pessoas mais humildes que conheço. Homem boníssimo.
Como jogador de futebol, é capaz de tirar a roupa e plantar bananeira se o treinador assim mandar.
Como pessoa comum, é incapaz de erguer a voz. Segunda -eira última, encontrei-o no Angeloni, dei-lhe os parabéns pela campanha, incentivei-o e até o conclamei para que acessasse o Fórum do Furacao.com (tomara que ele não tenha lido o texto acima, senão terei queimado a cara com ele, inadvertidamente). Ao receber os elogios, ele ficou vermelho e não sabia onde enfiar a cara.
Ressalte-se que ainda é um guri: tem apenas 20 ou 21 anos (se não me engano).
Portanto, tem toda uma carreira pela frente, para se aprimorar, para melhorar os fundamentos em que ainda tenha alguma deficiência, para ganhar experiência e maturidade. Desde já, afirmo que o considero um zagueiro veloz, com boa técnica de desarme e que sabe tocar razoavelmente a bola, sem apelar para o chutão.
Portanto, não pode e não merece ouvir (ou ler) as asneiras como as que esse senhor corneteiro escreveu. Sou total e francamente contra a censura, de qualquer espécie, mas esse texto tinha que ser revisto antes de ir à publicação… Francamente.
Apenas um lembrete final: pela data, esse texto deve ter sido escrito após o jogo contra o Paysandu. Pois bem, se Alessandro cometeu alguns deslizes no primeiro tempo (e realmente houve-os, não se pode negar), no 2o tempo, em que o Paysandu mais lhe exigiu (pela tentativa de reação), o guri não falhou uma vez sequer, tanto na cobertura como no combate corpo a corpo com o atacante que entrou no time adversário.
Quero crer que tenha sido, mais do que pela técnica que ele tenha, pelo incentivo e apoio que recebeu no intervalo, nos vestiários, ajudando-o a por tudo no lugar e desempenhar o futebol que sabe – ainda que limitado.
Atitude essa que deveria ser a de todos nós. Porque, mesmo que limitado (ou não, abre-se a controvérsia), o menino é parte do elenco atleticano e merece todo o apoio como tal. Para o mal ou para o bem.
Fracassados ou bicampeões, não importa: ele está na história atleticana, ainda que em uma margem ou linha, por fazer parte do elenco de 2004.