Ser atleticano
Estive pensando em como definir um atleticano, isto é, me definir de uma certa forma. A principio não me parecia muito difícil, pois todo rubro-negro carrega no sangue fatores como garra, força, coragem, alegria, amor, paixão e outros que cada um de nós sabe muito bem!
Comecei a pensar em adjetivos para esta definição, mas ficaria muito vago. Descrever características de torcedores não é suficiente para explicar o que é ter o atlético correndo nas veias. As frases são necessárias.
Pois bem, ser atleticano é conhecer história! Precisamos lembrar de como nascemos, como crescemos, como evoluímos e atingimos a maturidade. Já fomos humilhados, já fomos quase nada em um tempo em que o único patrimônio do Atlético era sua torcida. Hoje somos grandes, inegavelmente, apesar de “morsas” da vida insistirem em negar.
Ser atleticano é saber reconhecer os grandes de nossa história, jogadores e diretores, presidentes e funcionários. Sicupira, Ricardo Pinto, Farinhakão, Bolinha, Kleberson, Dago, Petráglia, entre outros.
Ser atleticano é também saber reconhecer o valor dos adversários. O Berg é um belo exemplo disto!
Ser atleticano é ficar na fila de madrugada, perder o dia de trabalho para ver o Furacão ao vivo e a cores no nosso templo.
Ser atleticano é arrepiar-se com o “dá-lhe!!!” e com o uníssono “a-tlé-tico” !!!!, que nasce feito onda atômica na Buenos Aires inferior.
Ser atleticano é ver os amigos na baixada, é se encontrar no estádio como uma família, é chorar feito criança sem ter vergonha, é abraçar um desconhecido como se fora seu irmão, é sentir-se parte do time e do clube, é compreender de fato o significado da palavra “torcer”, é ser humilde acima de tudo, é ganhar e comemorar ou perder e chorar e voltar na próxima semana. Portanto, ser atleticano é acima de tudo ir ao estádio para ver o atlético jogar, sendo que perder ou ganhar é uma conseqüência.
Ser atleticano é isso!!! Inexplicável !!!!!
Ser atleticano, é ser atleticano, e pronto!!!!