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30 set 2004 - 11h48

Washington, coração rubro-negro

Tudo parecia estar perdido, a maioria já tinha largado os betes. Não era pra menos, durante quase 90 minutos, o Atlético não conseguiu se encontrar, nem à meta do jogo…

Correria de um lado pro outro, seqüências de passes errados, finalizações apressadas e imprecisas, profissionais tarimbados parecendo a turma do churrasco do domingão, de ambos os lados, lógico.

De repente, de uma bola parada, o segundo ou terceiro escanteio do Flamengo no jogo, um lance quase inocente, Júnior Baiano subiu no terraço e meteu a testa no canto direito de Diego, que mesmo bem colocado não alcançou a bola.

O silêncio cresceu na Arena. Fosse Nelson Rodrigues, diria que daria pra ouvir os 30 mil corações batendo, se não tivessem todos parado naquele exato instante. Um silêncio tão ensurdecedor que não dava nem pra ouvir a pequena torcida do adversário.

Inacreditável. Todos sabiam que “quem não faz, toma”, mas ninguém lembrava. Dava pra alterar o resultado, mas embora o Atlético (mesmo irreconhecível) estivesse dominando o jogo até o momento, agora eram eles que vinham pra cima.

O tempo andava e o gol era um sonho irrealizável. Mas, aos 42 do segundo tempo, Washington recebe dentro da área, gira para a esquerda, errando o zagueiro, e chuta no canto esquerdo do goleiro da seleção.

Um furacão rubro-negro toma conta da baixada. É o empate salvador no finzinho da peleja. O alívio faz com que muitos fiquem satisfeitos. Mas não todos. Alguns querem mais. Inclusive ele, o coração incansável. Ele sabe que é possível, que é só querer, e aperta.

E quando Júlio César deixa a bola escapar por entre os dedos (pura mágica!) ele está lá, onde deve estar o atacante que sabe e quer fazer gols. E só não faz porque é impedido pelo desesperado goleiro. Pênalti. Que Washington enfia no canto esquerdo, sem defesa.

É a vitória. Quem ainda tinha esperanças, aqueles que já sabiam (como este humilde cronista) e os que já haviam se contentado com o empate comemoram como se fosse o gol do campeonato. Ninguém mais ouvia o silêncio.

Nunca mais a torcida atleticana vai esquecer este jogo, nem o jogador que em três minutos recolocou o Clube Atlético Paranaense na disputa concreta pelo título. De quebra, Washington se isolou na artilharia.

O sufoco serviu de lição, espero, de que o time não deve entrar no “já ganhou”, mesmo numa fase excelente, jogando em casa e contra um time já extinto do campeonato. Pode-se ver o bicampeonato no horizonte. Temos uma equipe fantástica, um treinador sério e competente e a melhor torcida do mundo. É só não usar salto nem máscara, jogar o futebol que o nosso time sabe, com a garra que é nossa marca registrada (como fez Washington) e 2004 vai ter o campeão de direito: o Furacão da Baixada!



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