1 out 2004 - 14h58

Folha de SP destaca campanha do Furacão

A Folha de S. Paulo, um dos principais jornais do país, destacou a campanha do Atlético na reportagem principal de seu caderno de esportes da edição desta sexta-feira. A matéria, assinada pelo jornalista Paulo Cobos, compara a campanha atleticana à do Santos em 2002.

Segundo a Folha, Atlético 2004 e Santos 2002 se parecem porque ambos são formados por jogadores novos e alguns poucos experientes (casos dos centroavantes Washington e Alberto). Além disso, compara Jadson e Dagoberto a Diego e Robinho. A reportagem também apresenta uma entrevista com o técnico Levir Culpi e uma nota sobre o artilheiro Washington. Veja abaixo a íntegra:

Fórmula santista de 2002 move o líder Atlético-PR
por Paulo Cobos, da Reportagem Local

O que deu certo para o Santos há dois anos funciona agora também para o Atlético-PR.

É muito parecido com o que deu ao time paulista o título nacional de 2002 o modelo adotado hoje pelos paranaenses, que assumiram pela primeira vez, anteontem, a liderança da edição 2004 do Brasileiro, deixando para trás justamente o rival Santos.

Calendário, elenco, treinador e trajetória dentro do torneio unem o Santos-02 e o Atlético-04.

A montagem do time teve processo quase idêntico. O time do litoral de SP uniu uma penca de garotos a alguns atletas mais rodados, como faz agora o curitibano.

Até o perfil dos jogadores é próximo. Na lista das revelações santistas, destacavam-se um meia organizador, Diego, e um atacante driblador, Robinho. Entre os novatos atleticanos, os holofotes ficam com atletas de características parecidas à dupla Diego/Robinho -Jadson e Dagoberto.

Com as duas duplas de garotos, um centroavante rodado -Alberto no Santos e Washington no Atlético-PR-, tanto o campeão de 2002 quanto o líder de 2004 não alinham jogadores com mais de 30 anos entre seus titulares.

E, para enfrentar a missão de fazer funcionar um elenco com essas características, cartolas santistas e atleticanos fizeram opções semelhantes. Emerson Leão estava em baixa em 2002, após fracassar na seleção e no Juventude.

Era uma opção barata na ocasião e conhecia a casa -ficou quase dois anos na Vila Belmiro entre 1998 e 1999.

O Atlético-PR optou por Levir Culpi, que, depois de ser cotado para dirigir a seleção quando estava no São Paulo, entrou num inferno astral. Ele foi rebaixado com o Palmeiras e disputou a segunda divisão com o Botafogo, de onde saiu depois de ficar fora até das semifinais do Estadual do Rio. Assim como Leão com o Santos, conhecia a Arena da Baixada -o Atlético-PR foi o primeiro time que treinou em um Brasileiro.

"Peguei um elenco bom e fiz o time acreditar que poderia jogar", diz Culpi, que dividiu outra coincidência com Emerson Leão.

O Santos de 2002 e o Atlético-PR atual tiveram tempo de sobra para treinar e ganhar entrosamento. Os dois foram beneficiados por terem uma agenda livre.

Eliminado no Paulista-02, o Santos teve três meses livres antes da estréia no Nacional, que não encavalou com outra competição.

Coisa similar acontece agora com o Atlético-PR. O time não conseguiu vaga nem na Copa do Brasil em 2004. Assim, fez até agora apenas 49 partidas oficiais na temporada, ou 11 a menos do que o Santos, que divide suas atenções atualmente entre o Nacional e a Copa Sul-Americana.

E, para desgosto do Santos atual, o Atlético-PR tem outro ponto em comum com o time que tirou o clube do litoral de uma fila de 18 anos sem títulos de grande expressão. Ele é como o esquadrão de Robinho e Diego, que começou desacreditado, ficou boa parte do torneio em posições intermediárias e arrancou no final.

Na décima rodada, os comandados de Culpi ocupavam um modesto décimo lugar. Em 32 rodadas, nunca haviam ficado na liderança. Agora, com 15 jogos de invencibilidade, estão a 13 jornadas -e dependem só de si- para provar que um raio pode sim cair duas vezes no mesmo lugar.



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