4 out 2004 - 19h27

10 razões para ganhar o Bi

O Atlético é o líder do Campeonato Brasileiro, tem o artilheiro da competição e está chamando a atenção por sua organização e estrutura. Foi por isso que a Placar, principal revista sobre futebol no Brasil, enumerou dez itens que fazem do Atlético um dos principais candidatos ao título do Brasileirão de 2004.

Partindo de 1995, quando conquistou uma vaga para a primeira divisão, a diretoria organizou um projeto para transformar o Clube Atlético Paranaense em um clube de primeira grandeza. Não foi fácil, mas com o tempo, a estrutura foi construída e os resultados apareceram. Desde que subiu para a divisão de elite do futebol brasileiro, já conquistou quatro Campeonatos Paranaense, Copa Paraná, seletiva para a Libertadores, Sesquicentenário e o Brasileiro, sem contar as duas participações na competição Sul-Americana.

Separados por mandamentos, os tópicos que fazem do Atlético um sucesso começam pelo time. Dentro de campo, o primeiro mandamento é o que diz respeito aos jogadores Alan Bahia, Fernandinho, Jadson e Dagoberto, que estão juntos desde que foram descobertos e jogavam no PSTC, de Londrina. A liderança também é um fator importante e Fabiano é o comandante. Mesmo sem a braçadeira de capitão, é o zagueiro, de 29 anos, que aconselha os companheiros e lidera o time dentro de campo.

A mescla de juventude e experiência também está entre uma dos fatores mais importantes. A mistura de fôlego e ambição dos mais jovens, e a experiência dos mais velhos são a receita certa para que o time tenha segurança em campo. A filosofia implantada diz que para cada sete jovens jogadores, quatro experientes entram no time titular.

O técnico amado e odiado pela torcida atleticana também tem seu lugar na lista. Mário Sérgio está no quarto mandamento por fazer parte das duas belas campanhas da equipe. Aquela de 2001, quando o time foi campeão e a deste ano, preparando o time para que outro técnico lapidasse as estrelas. O que aconteceu com Geninho e com Levir Culpi.

A Arena marca presença por ser para o Atlético o que a “La Bombonera” é para o Boca Juniors, a maior fonte de força junto com a torcida. Neste ano o Rubro-negro completou mil partidas no estádio, desde a sua primeira versão. Para os jogadores, a Arena lotada faz as vezes de décimo segundo jogador.

Fora de campo, os mandamentos dizem respeito principalmente à estrutura e aos negócios feitos pela diretoria do clube. O mais moderno centro de treinamentos da América Latina, é o que pesa mais. Com profissionais à disposição dos atletas, é possível controlar até a ‘cervejinha’ tomada a mais. Os atletas recebem orientações desde ensino para falar e escrever, até como encontrar um lugar para morar.

A influência da política e a forma de negociar fecham a lista. O aprendizado com o empresário Juan Figger deu resultados, principalmente com a venda de Kleberson para o Manchester United, da Inglaterra. O clube contratou então a fonte de riquezas. Ticão o descobridor de talentos no PSTC agora é olheiro do clube.

A reportagem de Altair Santos mostra que o Atlético não pode ser considerado time pequeno ou simplesmente uma ‘nuvem passageira’. Não é por acaso que o time é líder do atual Campeonato Brasileiro.

Reportagem: Julia Abdul-Hak



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